RIO - A maior feira de arte brasileira, e uma das mais importantes da América Latina - ao lado da Zona Maco, na Cidade do México, e da ArteBA, em Buenos Aires -, a SP Arte será inaugurada hoje, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, com 80 galerias, dez delas estrangeiras, cerca de 2.500 obras e com a expectativa de um aumento no volume de vendas, que no ano passado foi estimado entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões. De acordo com Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte, apesar de as três maiores feiras latino-americanas serem equivalentes em tamanho, a brasileira atinge cifras mais altas, por reunir muitas obras já consolidadas no mercado.
- As feiras de México e Argentina são mais voltadas para artistas jovens. Aqui, a arte brasileira moderna e dos anos 1960 garante uma qualidade muito homogênea - diz Fernanda.
Em sua sexta edição, a SP Arte põe à venda, por exemplo, metaesquemas de Hélio Oiticica (confirmados na Lurixs) e uma escultura de Maria Martins (na Arte 57), obras avaliadas em mais de R$ 1 milhão. Das galerias nacionais, 41 são de São Paulo, 22, do Rio, e as outras, de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Pela primeira vez, a feira recebe uma galeria inglesa, a Stephen Friedman Gallery - que representa os brasileiros Beatriz Milhazes, Rivane Neuenschwander e Mira Schendel, suíça naturalizada brasileira -, e duas mexicanas: Enrique Guerrero e KBK Arte Contemporáneo:
- A galeria inglesa participa das maiores feiras, como a Frieze (em Londres) e a Art Basel, na Suíça. As mexicanas também estão nesse circuito; é uma vocação natural da SP Arte atrair galerias da América Latina.
Outra importante estreia na SP Arte é a da galeria espanhola La Caja Negra, que representa pesos pesados da arte, como o americano Richard Serra, o português José Pedro Croft e o cubano Carlos Garaicoa - que tem obra garantida na feira. É um feito para quem começou, em 2005, com 41 galerias, entre elas apenas uma estrangeira. Agora, a diretora tem uma lista de espera de 40 nomes, nacionais e estrangeiros. Cerca de 20 deles poderão garantir lugar no ano que vem, quando a SP Arte, que hoje ocupa 7.500 metros quadrados, terá mais mil metros.
- Quero crescer ainda mais, mas defendo feiras de pequeno e médio porte, onde o colecionador consiga ver tudo.
Apesar de reunir artistas consagrados, o que de mais novo se faz em arte também tem seu espaço garantido. Treze galerias em início de trajetória, como a carioca Amarelonegro Barra Funda, a portenha Ignacio Liprandi e a galeria virtual Motor, estarão no espaço Arte Nova. Artistas sem galeria também vão mostrar seu trabalho no projeto de site-specific, existente desde 2009, quando a feira recebeu 13 mil visitantes. Este ano, 12 artistas do Ateliê Fidalga, comandado por Sandra Cinto e Albano Afonso, farão intervenções na rampa de acesso do primeiro para o segundo andar do pavilhão, passagem obrigatória dos visitantes da feira.
Esta edição mantém ainda a tradição de palestras com curadores e profissionais do mercado de arte, como os diretores do Malmö Konsthall, na Suécia, e do Museu de Arte Contemporânea de Castilla e Léon, além de representantes da casa de leilão inglesa Sotheby's.
Fonte: O Globo
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