O Shopping Iguatemi doou - durante a realização da 6a. edição da SP-Arte - um conjunto de sete obras para duas importantes instituições brasileiras. Quatro obras foram doadas para o MAM Bahia e quatro para a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Os trabalhos são dos artistas Rodolpho Parigi, Cinthia Marcelle, Beatriz Franco, Gustavo Rezende, Gustavo Nóbreja, Ulysses Boscôlo e Ivens Machado.
Obras doadas para o MAM Bahia:
Obra: Magenta BIRD
Artista: Rodolpho Parigi - SP
Galeria: Galeria Nara Roesler
Dimensão: 2,0 x 1,90 metros
Mídia: Óleo e Acrílico sobre tela
Data: Ano 2010
Valor: R$ 25.000,00
Obra: O Sábio
Artista: Cinthia Marcelle
Galeria: Galeria Vermelho
Edição 5
Mídia: Fotografia
Data: Ano 2008
Valor: R$7.000,00
Obra: Ovos que não deitei
Artista: Beatriz Franco
Galeria: Galeria Mônica Filgueiras
Dimensão: 0,80 X 1,20 metros
Mídia: Impressão em algodão, dry mouting e montagem em acrílico
Data: Ano 2007
Valor: R$ 8.000,00
Obras doadas para a Pinacoteca do Estado de São Paulo:
Obra: A natureza do amor - A passagem do tempo
Artista: Gustavo Rezende
Galeria: Marília Razuk Galeria de Arte
Dimensão: 0,80 X 0,80 metros
Mídia: Fotos
Data: Ano 2006
Valor: R$14.000,00
Obra: Série Exvoto
Artista: Gustavo Nóbreja
Galeria: Zíper Galeria
Dimensão: 0,36 X 0,74 metros
Data: Ano 2008
Valor: R$4.000,00
Obra: Caixa com mesa carpinteiro com 30 Xilogravuras
Artista: Ulysses Boscôlo
Galeria: Galeria Mezzanino
Valor: R$4.000,00
Obra: Série Fluídos Corretores – década de 70
Artista: Ivens Machado
Galeria: Galeria Amarelonegro
Dimensão: 0,60 X 0,86 metros
Mídia: Corretor sobre papel pautado
Data: Ano 1976
Valor: R$9.000,00
sexta-feira, 30 de abril de 2010
“Eventos europeus com 250 galerias expondo viram um feirão”, diz Fernanda Feitosa. Revista Época
A diretora da SP-Arte, a Feira Internacional de Arte de São Paulo que é a mais importante da América Latina, fala sobre o crescimento controlado do evento e a necessidade de ele se internacionalizar
A vista da feira em 2008, na Bienal de São Paulo. Ela tem um crescimento controlado, de 15% a cada edição
Abre nesta quarta-feira (28), para convidados, a sexta edição da SP-Arte, maior evento do mercado de arte brasileiro. São 80 galerias representando seus artistas no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, dez delas estrangeiras. Ao todo, a feira deve expor 2500 obras em cinco dias. A criadora e diretora geral do evento, Fernanda Feitosa, fala sobre a nova edição, a situação do mercado de arte no Brasil e compara a feira com eventos internacionais similares.
ÉPOCA – Quarenta galerias ficaram na fila de espera para entrar na feira. Como funciona a escolha das galerias participantes na SP-Arte?
Fernanda Feitosa – A SP-Arte está crescendo e aumentando sua repercussão. Nesses cinco anos de realização, modéstia à parte, tivemos uma trajetoria de muito sucesso. É claro, a cada edição, recebemos novos interessados em entrar para a feira. Neste ano, não pudemos atender 40 galerias, algo inédito. A seleção é feita com base no perfil da galeria. É uma feira de arte moderna e contemporânea. Procuramos participantes com esse perfil, que representem bons artistas, e que estejam em sintonia com a feira. Outro elemento importante é uma necessidade da feira de se internacionalizar. Às vezes, temos que priorizar uma presença internacional importante em detrimento de uma galeria nacional.
SAIBA MAIS
ÉPOCA – Quais são as principais novidades desta edição?
Fernanda – Temos 13 galerias novas que entraram na feira – cinco do exterior. Teremos, pela primeira vez, três galerias do Recife. Uma das coisas que mais celebramos neste ano é a entrada de uma galeria inglesa (Stephen Friedman). O mercado latino-americano é um mercado que nós gostaríamos de atrair para a feira. É um passo natural que as melhores galerias da América Latina procurem o Brasil para mostrar os seus artistas.
ÉPOCA – Há planos de expansão da feira em número de galerias? Haveria espaço no próprio Pavilhão da Bienal?
Fernanda – Em 2004, quando buscamos um local para fazer a feira, a Bienal foi escolhida não só pela relação com a arte, mas também por ela ter um formato que permite crescer. A cada ano crescemos. Eu poderia ter crescido até o máximo, mas a feira tem um planejamento de crescimento controlado. Eu não acredito em megaevento. Acho que perturba. É um evento de formação de público, de novos colecionadores. A gente tem crescido uma média de 15% em público por ano. O ideal é que a feira cresça junto com o público. Assim, não temos uma situação em que haja muitas galerias e poucos compradores. Megafeiras europeias que têm 250 galerias viram um feirão. O visitante fica deseperado por não conseguir ver tudo.
ÉPOCA – Mas não há a pretensão de chegar ao tamanho desses eventos estrangeiros?
Fernanda – Eu acho que naturalmente vamos crescer, mas eu não acho que 250 participantes seja um número bom. Nossa perspectiva é continuar crescendo e, nos próximos 5 anos, atingir entre 180 a 200 galerias, o limite máximo para um bom aproveitamento do evento.
ÉPOCA – Os produtos expostos continuam com o mesmo perfil da primeira edição?
Fernanda – A feira começou com galerias de arte moderna e contemporânea em número parecido – hoje, 75% das galerias são contemporâneas. Eu noto uma tendência na maior presença de trabalhos em fotografia e, em menor escala, em vídeo. A pintura continua forte.
ÉPOCA – Há alguma estimativa de quanto a feira movimenta?
Fernanda – Não. O que sabemos é que cada galeria expõe em média 30 obras por edição. Algumas galerias chegam a faturar 30% da sua movimentação anual. Em termos de movimentação financeira da feira, há que se entender que por ser uma feira de arte, as decisões de compra não são imediatas e ninguém sai carregando a obra. Não é uma feira em que você compra uma bolsa e a leva para casa. Muitas vendas são efetuadas muito tempo depois da feira. A feira é uma vitrine. As galerias encaram a feira como um momento de posicionamento da sua proposta, do trabalho de seus artistas. Vender é importante, mas tão importante quanto isso é se posicionar no mercado, mostrar que seus artistas são assim. No caso de artistas inovadores, que abrem novas perspectivas, nem sempre eles são vendáveis à primeira vista, nem para colocar em casa.
ÉPOCA – Como você avalia o momento do mercado brasileiro de arte?
Fernanda – Está em um excelente período. O Brasil sempre esteve bem em relação à sua produção, que agora está sendo reconhecida e valorizada no exterior. O mercado brasileiro não é uma bolha, é fruto do trabalho de 20 anos. O Brasil tem um histórico artístico sólido, por causa do modernismo. Então não é um mercado que foi criado da noite para o dia, fruto de algum boom econômico. É um mercado que, comparado com o mercado europeu, está aí há pouco tempo, mas são 60 anos, e isso dá legitimidade a ele. É um mercado ainda em organização.
Repórter: Mariana Shirai
A vista da feira em 2008, na Bienal de São Paulo. Ela tem um crescimento controlado, de 15% a cada edição
Abre nesta quarta-feira (28), para convidados, a sexta edição da SP-Arte, maior evento do mercado de arte brasileiro. São 80 galerias representando seus artistas no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, dez delas estrangeiras. Ao todo, a feira deve expor 2500 obras em cinco dias. A criadora e diretora geral do evento, Fernanda Feitosa, fala sobre a nova edição, a situação do mercado de arte no Brasil e compara a feira com eventos internacionais similares.
ÉPOCA – Quarenta galerias ficaram na fila de espera para entrar na feira. Como funciona a escolha das galerias participantes na SP-Arte?
Fernanda Feitosa – A SP-Arte está crescendo e aumentando sua repercussão. Nesses cinco anos de realização, modéstia à parte, tivemos uma trajetoria de muito sucesso. É claro, a cada edição, recebemos novos interessados em entrar para a feira. Neste ano, não pudemos atender 40 galerias, algo inédito. A seleção é feita com base no perfil da galeria. É uma feira de arte moderna e contemporânea. Procuramos participantes com esse perfil, que representem bons artistas, e que estejam em sintonia com a feira. Outro elemento importante é uma necessidade da feira de se internacionalizar. Às vezes, temos que priorizar uma presença internacional importante em detrimento de uma galeria nacional.
SAIBA MAIS
ÉPOCA – Quais são as principais novidades desta edição?
Fernanda – Temos 13 galerias novas que entraram na feira – cinco do exterior. Teremos, pela primeira vez, três galerias do Recife. Uma das coisas que mais celebramos neste ano é a entrada de uma galeria inglesa (Stephen Friedman). O mercado latino-americano é um mercado que nós gostaríamos de atrair para a feira. É um passo natural que as melhores galerias da América Latina procurem o Brasil para mostrar os seus artistas.
ÉPOCA – Há planos de expansão da feira em número de galerias? Haveria espaço no próprio Pavilhão da Bienal?
Fernanda – Em 2004, quando buscamos um local para fazer a feira, a Bienal foi escolhida não só pela relação com a arte, mas também por ela ter um formato que permite crescer. A cada ano crescemos. Eu poderia ter crescido até o máximo, mas a feira tem um planejamento de crescimento controlado. Eu não acredito em megaevento. Acho que perturba. É um evento de formação de público, de novos colecionadores. A gente tem crescido uma média de 15% em público por ano. O ideal é que a feira cresça junto com o público. Assim, não temos uma situação em que haja muitas galerias e poucos compradores. Megafeiras europeias que têm 250 galerias viram um feirão. O visitante fica deseperado por não conseguir ver tudo.
ÉPOCA – Mas não há a pretensão de chegar ao tamanho desses eventos estrangeiros?
Fernanda – Eu acho que naturalmente vamos crescer, mas eu não acho que 250 participantes seja um número bom. Nossa perspectiva é continuar crescendo e, nos próximos 5 anos, atingir entre 180 a 200 galerias, o limite máximo para um bom aproveitamento do evento.
ÉPOCA – Os produtos expostos continuam com o mesmo perfil da primeira edição?
Fernanda – A feira começou com galerias de arte moderna e contemporânea em número parecido – hoje, 75% das galerias são contemporâneas. Eu noto uma tendência na maior presença de trabalhos em fotografia e, em menor escala, em vídeo. A pintura continua forte.
ÉPOCA – Há alguma estimativa de quanto a feira movimenta?
Fernanda – Não. O que sabemos é que cada galeria expõe em média 30 obras por edição. Algumas galerias chegam a faturar 30% da sua movimentação anual. Em termos de movimentação financeira da feira, há que se entender que por ser uma feira de arte, as decisões de compra não são imediatas e ninguém sai carregando a obra. Não é uma feira em que você compra uma bolsa e a leva para casa. Muitas vendas são efetuadas muito tempo depois da feira. A feira é uma vitrine. As galerias encaram a feira como um momento de posicionamento da sua proposta, do trabalho de seus artistas. Vender é importante, mas tão importante quanto isso é se posicionar no mercado, mostrar que seus artistas são assim. No caso de artistas inovadores, que abrem novas perspectivas, nem sempre eles são vendáveis à primeira vista, nem para colocar em casa.
Da galeria Fortes Vilaça, obra de Rodrigo Matheus
ÉPOCA – Como você avalia o momento do mercado brasileiro de arte?
Fernanda – Está em um excelente período. O Brasil sempre esteve bem em relação à sua produção, que agora está sendo reconhecida e valorizada no exterior. O mercado brasileiro não é uma bolha, é fruto do trabalho de 20 anos. O Brasil tem um histórico artístico sólido, por causa do modernismo. Então não é um mercado que foi criado da noite para o dia, fruto de algum boom econômico. É um mercado que, comparado com o mercado europeu, está aí há pouco tempo, mas são 60 anos, e isso dá legitimidade a ele. É um mercado ainda em organização.
Repórter: Mariana Shirai
Arte para todos os bolsos. Coluna de Mona Dorf, no iG
Durante 4 dias, até 2 de maio, São Paulo sedia a maior feira de arte do país, no Pavilhão da Bienal. A SP-ARTE – Feira Internacional de Arte de São Paulo – em sua sexta edição recebe convidados do exterior e terá a participação de 80 galerias de arte moderna e contemporânea.
Considerado o maior encontro das artes plásticas na América Latina, reune importantes galerias do Brasil e também de países convidados, como a Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Espanha, França e Inglaterra.
É um momento muito esperado e importante para artistas e marchands, que realizam grandes vendas. Curadores de coleções particulares e museus e visitam o evento para conhecer a produção artística brasileira e eventualmente fazer compras para seus clientes e instituições, como a Tate Modern (Inglaterra), Malmö Konsthall (Suécia), Museo Universitario Arte Contemporáneo – MUAC (México), Museo de Arte de Lima – MALI (Peru) e Museo de Arte Conteporáneo de Castilla y León – MUSAC (Espanha). A Diretora da feira, Fernanda Feitosa, acredita que é uma boa oportunidade para entrar em contato com a arte contemporânea de qualidade, sâo mais de 1.500 obras de artistas renomados e jovens talentos…
Inspirada nas grandes feiras internacionais de arte como Art Basel, na Suíça, Frieze, na Inglaterra, Arco, na Espanha e Fiac, na França, a SP-ARTE trouxe profissionalismo ao mercado de arte ao firmar-se no calendário nacional e internacional como um evento prestigiado e obrigatório.
“Ao lado de MACO, no México e ArteBa, na Argentina, a SP-ARTE já se destaca na América Latina pela primorosa qualidade das galerias participantes, cuidadosamente escolhidas para garantir a excelência dos trabalhos expostos, uma referência para colecionadores internacionais”, acrescenta Fernanda Feitosa
Fonte: Coluna dde Mona Dorf, iG
Considerado o maior encontro das artes plásticas na América Latina, reune importantes galerias do Brasil e também de países convidados, como a Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Espanha, França e Inglaterra.
É um momento muito esperado e importante para artistas e marchands, que realizam grandes vendas. Curadores de coleções particulares e museus e visitam o evento para conhecer a produção artística brasileira e eventualmente fazer compras para seus clientes e instituições, como a Tate Modern (Inglaterra), Malmö Konsthall (Suécia), Museo Universitario Arte Contemporáneo – MUAC (México), Museo de Arte de Lima – MALI (Peru) e Museo de Arte Conteporáneo de Castilla y León – MUSAC (Espanha). A Diretora da feira, Fernanda Feitosa, acredita que é uma boa oportunidade para entrar em contato com a arte contemporânea de qualidade, sâo mais de 1.500 obras de artistas renomados e jovens talentos…
Inspirada nas grandes feiras internacionais de arte como Art Basel, na Suíça, Frieze, na Inglaterra, Arco, na Espanha e Fiac, na França, a SP-ARTE trouxe profissionalismo ao mercado de arte ao firmar-se no calendário nacional e internacional como um evento prestigiado e obrigatório.
“Ao lado de MACO, no México e ArteBa, na Argentina, a SP-ARTE já se destaca na América Latina pela primorosa qualidade das galerias participantes, cuidadosamente escolhidas para garantir a excelência dos trabalhos expostos, uma referência para colecionadores internacionais”, acrescenta Fernanda Feitosa
Fonte: Coluna dde Mona Dorf, iG
Um tour pela maior feira de arte da cidade. No Estadão
Até domingo, SP Arte reúne galeristas, artistas, celebridades e curiosos na Bienal
A primeira pergunta que o visitante leigo se faz em uma feira de arte que tem a participação das maiores galerias do Brasil e a frequência de um suposto público AAA é: "Como se dá a troca de interesses entre galeristas, artistas, milionários, decoradores e celebridades?"
Na SP Arte (Feira Internacional de Arte de São Paulo), que vai até domingo na Bienal do Ibirapuera, é até divertido lançar um tema e ouvir as reações.
Por exemplo: verdade que, para preservar o valor da obra, o galerista chega a escolher seu comprador, sabe em que parede pretende pendurar e como vai cuidar?
Ou então: uma celebridade sem gosto e um especulador que vai vender a obra na primeira esquina ou repassá-la em um leilão podem ser rejeitados?
"Só vendo pra quem eu quero", diz a galerista Luiza Strina, de São Paulo, que representa Cildo Meirelles. "Olha para o meu estande (alguns amigos aparecem de repente e supostamente brigam para comprar uma obra de um artista jovem por US$ 5 mil). Para eles eu vendo", diz ela.
Sílvia Cintra, que responde no Rio por Daniel Senise e outros artistas plásticos, vai além: "A gente aqui faz uma espécie de entrevista com o comprador, para saber de quem se trata." Ela conta que, para não deixar o valor da obra cair, o ideal é obter uma "demanda reprimida": "Digo sempre ao artista que não é para produzir loucamente. Nada de virar arroz de festa", afirma.
Verdade? "Eu duvido. Você acha que, se o cara aparece com dinheiro, elas não vendem?", pergunta Raquel Arnaud, que tem em seu estande obras de Waltércio Caldas, Carlos Cruz-Diez e Piza, uma deste último à venda por 65 mil.
Segundo Raquel, Luiza Strina vende "até pedra, objeto decorativo como arte". "Há galerias e galerias. Aqui no meu estande você não vai ver obras que se choquem." O artista plástico Florian Reiss, que frequenta esse universo há 30 anos, garante que essa glamourização do mercado não corresponde ao mundo real. "O dia a dia de uma galeria não é tranquilo assim. Um ou outro artista pode escolher quem vai comprar a obra dele ou que destino ela vai ter. Mas é uma minoria restritíssima do mercado."
O bom comprador. Por sua vez, a decoradora e arquiteta Camila Vieira Santos, que caminha pela feira "atrás de obras para clientes", garante que o bom comprador tem o dinheiro e quer ter a obra, mas não necessariamente conhece artes plásticas.
"Sabe aquele cara que antes colecionava Ferrari e agora está numa fase de obra de arte? Tem muitos. Só não gosto quando eles cismam com um artista e querem comprar logo três quadros do mesmo."
Camila diz que não consegue levar nada que não a apaixone: "Compro um quadro como se fosse um sofá maravilhoso. Mas peço o nome do artista, o currículo, para levar para o cliente. Faço tudo direitinho", diz.
Mais alguns metros e lá está o estande da Galeria Fortes Vilaça, outra glamourosa presença na feira.
A propósito, os estandes das galerias mais respeitadas estão muito próximos. Coincidência? Como é feito o mapeamento?
"Lá fora cobram 5% a 8% a mais por um estande bem localizado. Nós não cobramos nada", diz a diretora da feira, Fernanda Feitosa. Foi coincidência então.
Quadro e sofá. Alguém vem informar a Márcia Fortes que uma venda foi cancelada porque o quadro "não coube no sofá" - era muito pequeno para ficar acima dele. A galerista ri e informa a um auxiliar que a obra está livre para um interessado eventual. "Não tenho nada contra vender para gente que vai combinar o quadro com o sofá. Se a pessoa for simpática - e eu estiver com tempo -, oriento numa boa."
Mas ela tem um ranking de clientes ideais. São mais ou menos os mesmos dos outros medalhões. Os preferidos: primeiro, museus - que vão imortalizar obra e artista e torná-los parte da história; depois, colecionadores "sólidos" - que garantam boa visibilidade; e a celebridade que não tem conhecimento de arte. "Se o cara é jogador de futebol e resolveu gastar R$ 100 milhões em arte, em vez de comprar outro helicóptero, qual o problema? Vou até ser formadora de consciência cultural. Pensou nisso?" Por último, abaixo de todos, até mesmo do emergente, está o especulador.
Sem saldão. E como é que se dão as compras na feira? Cash? Cheque? Tem xepa no último dia? "Não, não, nada de saldão. O pagamento pode ser feito depois", garante Fernanda Feitosa. "Esse é um mercado baseado na confiança."
Público-alvo
LUISA STRINA GALERISTA
"Só vendo para quem quero. Meu papel é colocar as obras nos melhores museus, onde há muita visibilidade. Para eles, dou desconto maior, de até 25%. Para colecionador, 15%. Não vendo para quem não conhece arte ou quem quer comprar pura e simplesmente para fazer investimento e revender. Pode olhar para o meu estande: só tem quem sabe do que se trata"
CAMILA VIEIRA SANTOS
ARQUITETA E DECORADORA
"Entro nas melhores galerias e ninguém nunca me perguntou o nome do meu cliente. Tem um pessoal que acha bacana dizer que tem arte. Qual o problema? Em geral, é o pessoal do mercado financeiro"
FLORIAN REISS
ARTISTA PLÁSTICO
"Quem passa por aqui acha que esse ambiente é a coisa mais glamourosa do mundo, que está todo mundo nadando em dinheiro. Isso absolutamente não reflete a realidade. Cada venda é uma conquistazinha para o galerista. De um modo geral, a não ser no caso de grandes estrelas, que são a minoria, garanto que ninguém
vai deixar de vender"
Serviço
SP ARTE (FEIRA INTERNACIONAL DE ARTE DE SÃO PAULO), ATÉ DOMINGO, NO PRÉDIO DA BIENAL, PARQUE DO IBIRAPUERA. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: HOJE, DAS 14H ÀS 22H; NO
FINAL DE SEMANA, DAS 12H ÀS 21H. INGRESSO: R$ 25 E R$ 12 (MEIA ENTRADA PARA ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
Fonte: O Estado de S.Paulo
A primeira pergunta que o visitante leigo se faz em uma feira de arte que tem a participação das maiores galerias do Brasil e a frequência de um suposto público AAA é: "Como se dá a troca de interesses entre galeristas, artistas, milionários, decoradores e celebridades?"
Na SP Arte (Feira Internacional de Arte de São Paulo), que vai até domingo na Bienal do Ibirapuera, é até divertido lançar um tema e ouvir as reações.
Por exemplo: verdade que, para preservar o valor da obra, o galerista chega a escolher seu comprador, sabe em que parede pretende pendurar e como vai cuidar?
Ou então: uma celebridade sem gosto e um especulador que vai vender a obra na primeira esquina ou repassá-la em um leilão podem ser rejeitados?
"Só vendo pra quem eu quero", diz a galerista Luiza Strina, de São Paulo, que representa Cildo Meirelles. "Olha para o meu estande (alguns amigos aparecem de repente e supostamente brigam para comprar uma obra de um artista jovem por US$ 5 mil). Para eles eu vendo", diz ela.
Sílvia Cintra, que responde no Rio por Daniel Senise e outros artistas plásticos, vai além: "A gente aqui faz uma espécie de entrevista com o comprador, para saber de quem se trata." Ela conta que, para não deixar o valor da obra cair, o ideal é obter uma "demanda reprimida": "Digo sempre ao artista que não é para produzir loucamente. Nada de virar arroz de festa", afirma.
Verdade? "Eu duvido. Você acha que, se o cara aparece com dinheiro, elas não vendem?", pergunta Raquel Arnaud, que tem em seu estande obras de Waltércio Caldas, Carlos Cruz-Diez e Piza, uma deste último à venda por 65 mil.
Segundo Raquel, Luiza Strina vende "até pedra, objeto decorativo como arte". "Há galerias e galerias. Aqui no meu estande você não vai ver obras que se choquem." O artista plástico Florian Reiss, que frequenta esse universo há 30 anos, garante que essa glamourização do mercado não corresponde ao mundo real. "O dia a dia de uma galeria não é tranquilo assim. Um ou outro artista pode escolher quem vai comprar a obra dele ou que destino ela vai ter. Mas é uma minoria restritíssima do mercado."
O bom comprador. Por sua vez, a decoradora e arquiteta Camila Vieira Santos, que caminha pela feira "atrás de obras para clientes", garante que o bom comprador tem o dinheiro e quer ter a obra, mas não necessariamente conhece artes plásticas.
"Sabe aquele cara que antes colecionava Ferrari e agora está numa fase de obra de arte? Tem muitos. Só não gosto quando eles cismam com um artista e querem comprar logo três quadros do mesmo."
Camila diz que não consegue levar nada que não a apaixone: "Compro um quadro como se fosse um sofá maravilhoso. Mas peço o nome do artista, o currículo, para levar para o cliente. Faço tudo direitinho", diz.
Mais alguns metros e lá está o estande da Galeria Fortes Vilaça, outra glamourosa presença na feira.
A propósito, os estandes das galerias mais respeitadas estão muito próximos. Coincidência? Como é feito o mapeamento?
"Lá fora cobram 5% a 8% a mais por um estande bem localizado. Nós não cobramos nada", diz a diretora da feira, Fernanda Feitosa. Foi coincidência então.
Quadro e sofá. Alguém vem informar a Márcia Fortes que uma venda foi cancelada porque o quadro "não coube no sofá" - era muito pequeno para ficar acima dele. A galerista ri e informa a um auxiliar que a obra está livre para um interessado eventual. "Não tenho nada contra vender para gente que vai combinar o quadro com o sofá. Se a pessoa for simpática - e eu estiver com tempo -, oriento numa boa."
Mas ela tem um ranking de clientes ideais. São mais ou menos os mesmos dos outros medalhões. Os preferidos: primeiro, museus - que vão imortalizar obra e artista e torná-los parte da história; depois, colecionadores "sólidos" - que garantam boa visibilidade; e a celebridade que não tem conhecimento de arte. "Se o cara é jogador de futebol e resolveu gastar R$ 100 milhões em arte, em vez de comprar outro helicóptero, qual o problema? Vou até ser formadora de consciência cultural. Pensou nisso?" Por último, abaixo de todos, até mesmo do emergente, está o especulador.
Sem saldão. E como é que se dão as compras na feira? Cash? Cheque? Tem xepa no último dia? "Não, não, nada de saldão. O pagamento pode ser feito depois", garante Fernanda Feitosa. "Esse é um mercado baseado na confiança."
Público-alvo
LUISA STRINA GALERISTA
"Só vendo para quem quero. Meu papel é colocar as obras nos melhores museus, onde há muita visibilidade. Para eles, dou desconto maior, de até 25%. Para colecionador, 15%. Não vendo para quem não conhece arte ou quem quer comprar pura e simplesmente para fazer investimento e revender. Pode olhar para o meu estande: só tem quem sabe do que se trata"
CAMILA VIEIRA SANTOS
ARQUITETA E DECORADORA
"Entro nas melhores galerias e ninguém nunca me perguntou o nome do meu cliente. Tem um pessoal que acha bacana dizer que tem arte. Qual o problema? Em geral, é o pessoal do mercado financeiro"
FLORIAN REISS
ARTISTA PLÁSTICO
"Quem passa por aqui acha que esse ambiente é a coisa mais glamourosa do mundo, que está todo mundo nadando em dinheiro. Isso absolutamente não reflete a realidade. Cada venda é uma conquistazinha para o galerista. De um modo geral, a não ser no caso de grandes estrelas, que são a minoria, garanto que ninguém
vai deixar de vender"
Serviço
SP ARTE (FEIRA INTERNACIONAL DE ARTE DE SÃO PAULO), ATÉ DOMINGO, NO PRÉDIO DA BIENAL, PARQUE DO IBIRAPUERA. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: HOJE, DAS 14H ÀS 22H; NO
FINAL DE SEMANA, DAS 12H ÀS 21H. INGRESSO: R$ 25 E R$ 12 (MEIA ENTRADA PARA ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
Fonte: O Estado de S.Paulo
quinta-feira, 29 de abril de 2010
MAM agradece doação de obra intermediada pela SP Arte
A equipe da SP Arte recebeu este e-mail de agradecimento por termos intermediado uma doação de Cleusa Garfinkel, sócia do MAM, para o acervo do museu. Ficamos felizes em poder contribuir para o acervo do MAM pela sua importância no cenário das artes plásticas no Brasil.
Fernanda Feitosa,
Diretora da SP-Arte
Caros Socios do Núcleo Contemporâneo,
Esse ano a SP ARTE conseguiu para nós uma doação de nossa sócia Cleusa Garfinkel para a aquisição de obras para o acervo do MAM. No total tivemos uma verba de R$ 58 mil, sendo R$ 48 mil doados pela Cleusa e R$ 10 mil como contribuição do Núcleo Contemporâneo. As obras foram escolhidas ontem pela curadoria do MAM e poderão ser vistas hoje na feira.
São elas: Duas caixas de Felipe Cohen na galeria Marilia Razuk, série de 4 fotos de Nelson Felix no HAP Escritorio de Arte e uma foto de Claudia Andujar na Galeria Vermelho.
Em nome do MAM e do Núcleo Contemporâneo gostaria de agradecer às nossas sócias Cleusa Garfinkel pela doação e Fernanda Feitasa por ter conseguido essa doação para nós. E um muito obrigada especial a cada um de vocês que participaram através da contribuição do Núcleo.
Abraços e boa feira,
Flavia Velloso
Coordenadora do Núcleo Contemporâneo
do MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo
Fernanda Feitosa,
Diretora da SP-Arte
Caros Socios do Núcleo Contemporâneo,
Esse ano a SP ARTE conseguiu para nós uma doação de nossa sócia Cleusa Garfinkel para a aquisição de obras para o acervo do MAM. No total tivemos uma verba de R$ 58 mil, sendo R$ 48 mil doados pela Cleusa e R$ 10 mil como contribuição do Núcleo Contemporâneo. As obras foram escolhidas ontem pela curadoria do MAM e poderão ser vistas hoje na feira.
São elas: Duas caixas de Felipe Cohen na galeria Marilia Razuk, série de 4 fotos de Nelson Felix no HAP Escritorio de Arte e uma foto de Claudia Andujar na Galeria Vermelho.
Em nome do MAM e do Núcleo Contemporâneo gostaria de agradecer às nossas sócias Cleusa Garfinkel pela doação e Fernanda Feitasa por ter conseguido essa doação para nós. E um muito obrigada especial a cada um de vocês que participaram através da contribuição do Núcleo.
Abraços e boa feira,
Flavia Velloso
Coordenadora do Núcleo Contemporâneo
do MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo
SP-Arte: por uma identidade cultural
A sexta edição da SP-Arte – Feira Internacional de Arte acontece entre 28 de abril e 2 de maio, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Para este ano, são esperados cerca de 15 mil visitantes, que entrarão em contato com trabalhos artísticos produzidos por galerias brasileiras e estrangeiras provenientes de países como Argentina, França e Inglaterra.
Inspirada em feiras internacionais de arte, tais como Art Basel (Suíça), Arco (Espanha) e Fiac (França), a SP-Arte se distingue das demais por apresentar produções preponderantemente nacionais, como ressalta Fernanda Feitosa, diretora do evento: “há uma presença de arte internacional, mas eu diria que a SP-Arte é 90% brasileira. Então, há um atrativo diferencial com relação às demais feiras, que são essencialmente internacionais”.
Alex Flemming
Nesta edição, serão expostas cerca de 2,5 mil obras, apresentadas pelas 80 galerias participantes. O espaço Arte Nova, por exemplo, é destinado a galerias mais jovens, que devem pagar R$ 8 mil pelo aluguel de 20 metros quadrados. “Esse espaço tem como objetivo a inserção de jovens artistas. Como eles dividem o espaço com artistas já consagrados, essa experiência é muito importante para eles”, avalia Fernanda. A proposta é que as novas galerias fiquem dois anos no espaço e posteriormente passem a ocupar o local de 30 metros quadrados cujo aluguel é de R$ 25 mil.
Stephan Balkenhol: “Nude woman with coloured rings” Além disso, destaca Fernanda, a feira é essencial para formação de público: “É muito importante que o público brasileiro incorpore na sua rotina o hábito de frequentar eventos culturais, porque isso faz parte da formação e da identidade cultural do país”.
Fonte: Revista Cult
Feira SP Arte 2010 tem 320 obras em galeria virtual. Veja online
A internet chegou à SP Arte, feira de artes plásticas que é considerada a maior do país e uma das mais importantes da América Latina. Entre as 80 galerias que participam do evento, realizado entre esta quinta e domingo no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, uma delas pertence ao site de vendas Submarino.
Fruto de um investimento de 200.000 reais, de acordo com uma de suas idealizadoras, a galerista Nara Roesler, a Galeria Motor participará com 320 das mais de 1.500 obras da SP Arte 2010. A galeria do Submarino foi lançada em novembro e conta com obras de artistas brasileiros e estrangeiros, entre gravuras, fotografias, pinturas e esculturas.
Os nomes de maior destaque de seu acervo são Tomie Othake e Nelson Leirner. Uma fotografia de Leirner é oferecida a 4.000 reais. Tomie tem gravura vendida a 3.500.
Além de poder ser visitada pela internet, a Galeria Motor terá um stand na sexta edição da feira, com algumas obras expostas e um computador com acesso à internet, para o consumidor que se decidir pela compra no local.
Neste ano, a organização espera atingir um volume de vendas de 15 milhões de dólares – contra os estimados 12 milhões de 2009. Dez galerias estrangeiras participam do evento, de países como Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Espanha, França e Inglaterra.
Fonte: Veja online
Gravura de Rodolpho Parigi, da Galeria Motor (Foto: Reprodução)
Os nomes de maior destaque de seu acervo são Tomie Othake e Nelson Leirner. Uma fotografia de Leirner é oferecida a 4.000 reais. Tomie tem gravura vendida a 3.500.
Além de poder ser visitada pela internet, a Galeria Motor terá um stand na sexta edição da feira, com algumas obras expostas e um computador com acesso à internet, para o consumidor que se decidir pela compra no local.
Neste ano, a organização espera atingir um volume de vendas de 15 milhões de dólares – contra os estimados 12 milhões de 2009. Dez galerias estrangeiras participam do evento, de países como Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Espanha, França e Inglaterra.
Fonte: Veja online
‘Fashion Week’ da arte começa hoje na Bienal
Com 2.500 obras expostas, SP Arte é a principal feira de galeristas do país
PAOLA CORREA
paola.correa@diariosp.com.br
Se a moda tem seus dias de glória na Fashion Week, a arte não fica em desvantagem. Desde 2005, a SP Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo está entre umas das mais importantes feiras da América Latina.
De hoje a domingo, 1.400 artistas de 80 galerias vão expor seus trabalhos, que estarão à venda nos estandes que funcionarão como pequenas lojas. Os valores das obras vão de R$ 1.000 a mais de R$ 1 milhão. Caso das pinturas da série “Metaesquema”, de Helio Oiticica, avaliadas em R$ 1,2 milhão cada.
“Estamos felizes com a repercussão que o evento tem tido no mercado de arte internacional e pelo interesse de galerias estrangeiras em participar do evento”, assinala a diretora da SP Arte, Fernanda Feitosa. Este ano, a feira ocupa 7500 m², o dobro ocupado pela primeira edição. “Mesmo assim, tivemos de deixar cerca de 40 galerias, sendo 10 estrangeiras e 30 brasileiras, na fila de espera”, diz a diretora.
O evento, que deve reunir 15 mil pessoas na Bienal, só tem a crescer. “Os participantes das edições anteriores reafirmaram sua participação e conquistamos novas galerias importantes no cenário internacional”, assinala.
Fonte: Diario de S. Paulo
PAOLA CORREA
paola.correa@diariosp.com.br
Se a moda tem seus dias de glória na Fashion Week, a arte não fica em desvantagem. Desde 2005, a SP Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo está entre umas das mais importantes feiras da América Latina.
De hoje a domingo, 1.400 artistas de 80 galerias vão expor seus trabalhos, que estarão à venda nos estandes que funcionarão como pequenas lojas. Os valores das obras vão de R$ 1.000 a mais de R$ 1 milhão. Caso das pinturas da série “Metaesquema”, de Helio Oiticica, avaliadas em R$ 1,2 milhão cada.
“Estamos felizes com a repercussão que o evento tem tido no mercado de arte internacional e pelo interesse de galerias estrangeiras em participar do evento”, assinala a diretora da SP Arte, Fernanda Feitosa. Este ano, a feira ocupa 7500 m², o dobro ocupado pela primeira edição. “Mesmo assim, tivemos de deixar cerca de 40 galerias, sendo 10 estrangeiras e 30 brasileiras, na fila de espera”, diz a diretora.
O evento, que deve reunir 15 mil pessoas na Bienal, só tem a crescer. “Os participantes das edições anteriores reafirmaram sua participação e conquistamos novas galerias importantes no cenário internacional”, assinala.
Fonte: Diario de S. Paulo
SP Arte: Feira que tem Hélio Oiticica e Maria Martins como destaques abre nesta quarta-feira com 80 galerias
RIO - A maior feira de arte brasileira, e uma das mais importantes da América Latina - ao lado da Zona Maco, na Cidade do México, e da ArteBA, em Buenos Aires -, a SP Arte será inaugurada hoje, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, com 80 galerias, dez delas estrangeiras, cerca de 2.500 obras e com a expectativa de um aumento no volume de vendas, que no ano passado foi estimado entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões. De acordo com Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte, apesar de as três maiores feiras latino-americanas serem equivalentes em tamanho, a brasileira atinge cifras mais altas, por reunir muitas obras já consolidadas no mercado.
- As feiras de México e Argentina são mais voltadas para artistas jovens. Aqui, a arte brasileira moderna e dos anos 1960 garante uma qualidade muito homogênea - diz Fernanda.
Em sua sexta edição, a SP Arte põe à venda, por exemplo, metaesquemas de Hélio Oiticica (confirmados na Lurixs) e uma escultura de Maria Martins (na Arte 57), obras avaliadas em mais de R$ 1 milhão. Das galerias nacionais, 41 são de São Paulo, 22, do Rio, e as outras, de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Pela primeira vez, a feira recebe uma galeria inglesa, a Stephen Friedman Gallery - que representa os brasileiros Beatriz Milhazes, Rivane Neuenschwander e Mira Schendel, suíça naturalizada brasileira -, e duas mexicanas: Enrique Guerrero e KBK Arte Contemporáneo:
- A galeria inglesa participa das maiores feiras, como a Frieze (em Londres) e a Art Basel, na Suíça. As mexicanas também estão nesse circuito; é uma vocação natural da SP Arte atrair galerias da América Latina.
Outra importante estreia na SP Arte é a da galeria espanhola La Caja Negra, que representa pesos pesados da arte, como o americano Richard Serra, o português José Pedro Croft e o cubano Carlos Garaicoa - que tem obra garantida na feira. É um feito para quem começou, em 2005, com 41 galerias, entre elas apenas uma estrangeira. Agora, a diretora tem uma lista de espera de 40 nomes, nacionais e estrangeiros. Cerca de 20 deles poderão garantir lugar no ano que vem, quando a SP Arte, que hoje ocupa 7.500 metros quadrados, terá mais mil metros.
- Quero crescer ainda mais, mas defendo feiras de pequeno e médio porte, onde o colecionador consiga ver tudo.
Apesar de reunir artistas consagrados, o que de mais novo se faz em arte também tem seu espaço garantido. Treze galerias em início de trajetória, como a carioca Amarelonegro Barra Funda, a portenha Ignacio Liprandi e a galeria virtual Motor, estarão no espaço Arte Nova. Artistas sem galeria também vão mostrar seu trabalho no projeto de site-specific, existente desde 2009, quando a feira recebeu 13 mil visitantes. Este ano, 12 artistas do Ateliê Fidalga, comandado por Sandra Cinto e Albano Afonso, farão intervenções na rampa de acesso do primeiro para o segundo andar do pavilhão, passagem obrigatória dos visitantes da feira.
Esta edição mantém ainda a tradição de palestras com curadores e profissionais do mercado de arte, como os diretores do Malmö Konsthall, na Suécia, e do Museu de Arte Contemporânea de Castilla e Léon, além de representantes da casa de leilão inglesa Sotheby's.
Fonte: O Globo
- As feiras de México e Argentina são mais voltadas para artistas jovens. Aqui, a arte brasileira moderna e dos anos 1960 garante uma qualidade muito homogênea - diz Fernanda.
Em sua sexta edição, a SP Arte põe à venda, por exemplo, metaesquemas de Hélio Oiticica (confirmados na Lurixs) e uma escultura de Maria Martins (na Arte 57), obras avaliadas em mais de R$ 1 milhão. Das galerias nacionais, 41 são de São Paulo, 22, do Rio, e as outras, de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Pela primeira vez, a feira recebe uma galeria inglesa, a Stephen Friedman Gallery - que representa os brasileiros Beatriz Milhazes, Rivane Neuenschwander e Mira Schendel, suíça naturalizada brasileira -, e duas mexicanas: Enrique Guerrero e KBK Arte Contemporáneo:
- A galeria inglesa participa das maiores feiras, como a Frieze (em Londres) e a Art Basel, na Suíça. As mexicanas também estão nesse circuito; é uma vocação natural da SP Arte atrair galerias da América Latina.
Outra importante estreia na SP Arte é a da galeria espanhola La Caja Negra, que representa pesos pesados da arte, como o americano Richard Serra, o português José Pedro Croft e o cubano Carlos Garaicoa - que tem obra garantida na feira. É um feito para quem começou, em 2005, com 41 galerias, entre elas apenas uma estrangeira. Agora, a diretora tem uma lista de espera de 40 nomes, nacionais e estrangeiros. Cerca de 20 deles poderão garantir lugar no ano que vem, quando a SP Arte, que hoje ocupa 7.500 metros quadrados, terá mais mil metros.
- Quero crescer ainda mais, mas defendo feiras de pequeno e médio porte, onde o colecionador consiga ver tudo.
Apesar de reunir artistas consagrados, o que de mais novo se faz em arte também tem seu espaço garantido. Treze galerias em início de trajetória, como a carioca Amarelonegro Barra Funda, a portenha Ignacio Liprandi e a galeria virtual Motor, estarão no espaço Arte Nova. Artistas sem galeria também vão mostrar seu trabalho no projeto de site-specific, existente desde 2009, quando a feira recebeu 13 mil visitantes. Este ano, 12 artistas do Ateliê Fidalga, comandado por Sandra Cinto e Albano Afonso, farão intervenções na rampa de acesso do primeiro para o segundo andar do pavilhão, passagem obrigatória dos visitantes da feira.
Esta edição mantém ainda a tradição de palestras com curadores e profissionais do mercado de arte, como os diretores do Malmö Konsthall, na Suécia, e do Museu de Arte Contemporânea de Castilla e Léon, além de representantes da casa de leilão inglesa Sotheby's.
Fonte: O Globo
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Estreia a sexta edição da SP-Arte
Feira vai expor cerca de 2,5 mil obras até domingo, no Pavilhão da Bienal
Augusto Gomes, iG São Paulo
A mais importante feira de arte do Brasil chega a sua sexta edição esta semana. A partir de quarta-feira (28/04), tem início mais uma SP-Arte. Este ano, 79 galerias vão expor cerca de 2.500 obras no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. O público esperado pela organização é de pelo menos 15 mil pessoas. No ano passado, o total foi de 13 mil visitantes, entre curiosos, colecionadores, curadores, críticos e os próprios artistas.
Íntegra no Último Segundo
Augusto Gomes, iG São Paulo
A mais importante feira de arte do Brasil chega a sua sexta edição esta semana. A partir de quarta-feira (28/04), tem início mais uma SP-Arte. Este ano, 79 galerias vão expor cerca de 2.500 obras no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. O público esperado pela organização é de pelo menos 15 mil pessoas. No ano passado, o total foi de 13 mil visitantes, entre curiosos, colecionadores, curadores, críticos e os próprios artistas.
Íntegra no Último Segundo
Galerias vendem até 80% das obras na primeira noite da SP Arte
SILAS MARTÍ
da Reportagem Local
Na noite de abertura da SP Arte, feira que acontece no pavilhão da Bienal até o próximo domingo, as principais galerias de São Paulo venderam parte expressiva de seus estandes.
Foram arrematadas obras de Flávio de Carvalho, Adriana Varejão, Tunga, Leda Catunda, Waltercio Caldas, Carlos Cruz-Diez e Julio Le Parc, trabalho que custou 300 mil euros. As galerias Fortes Vilaça, Vermelho e Nara Roesler afirmam terem vendido 80% das obras que trouxeram para o estande.
A peça de Varejão, no estande da Arte 57, foi vendida por R$ 700 mil, uma das vendas mais expressivas da noite. Fica na mesma galeria que tenta vender a escultura 'Tamba-Tajá', de Maria Martins, avaliada em R$ 1,5 milhão.
Também há interessados pela obra mais cara da feira, a tela 'Puerto Metafísico', do artista construtivo uruguaio Joaquín Torres-García, avaliada em US$ 3,5 milhões.
Entre vendas institucionais, o Museu de Arte Moderna da Bahia comprou uma tela de Rodolpho Parigi e fotografias de Beatriz Franco e Claudia Andujar. Uma instalação de Gustavo Rezende foi arrematada pela Pinacoteca do Estado e uma obra de Felipe Cohen foi escolhida para a coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Também tiveram forte saída obras de jovens pintores, como Mariana Palma e Eduardo Berliner, representados pela galeria Casa Triângulo, Rodolpho Parigi, da Nara Roesler, e Rodrigo Bivar, da galeria Millan.
Fonte: Folha Online
da Reportagem Local
Na noite de abertura da SP Arte, feira que acontece no pavilhão da Bienal até o próximo domingo, as principais galerias de São Paulo venderam parte expressiva de seus estandes.
Foram arrematadas obras de Flávio de Carvalho, Adriana Varejão, Tunga, Leda Catunda, Waltercio Caldas, Carlos Cruz-Diez e Julio Le Parc, trabalho que custou 300 mil euros. As galerias Fortes Vilaça, Vermelho e Nara Roesler afirmam terem vendido 80% das obras que trouxeram para o estande.
A peça de Varejão, no estande da Arte 57, foi vendida por R$ 700 mil, uma das vendas mais expressivas da noite. Fica na mesma galeria que tenta vender a escultura 'Tamba-Tajá', de Maria Martins, avaliada em R$ 1,5 milhão.
Também há interessados pela obra mais cara da feira, a tela 'Puerto Metafísico', do artista construtivo uruguaio Joaquín Torres-García, avaliada em US$ 3,5 milhões.
Entre vendas institucionais, o Museu de Arte Moderna da Bahia comprou uma tela de Rodolpho Parigi e fotografias de Beatriz Franco e Claudia Andujar. Uma instalação de Gustavo Rezende foi arrematada pela Pinacoteca do Estado e uma obra de Felipe Cohen foi escolhida para a coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Também tiveram forte saída obras de jovens pintores, como Mariana Palma e Eduardo Berliner, representados pela galeria Casa Triângulo, Rodolpho Parigi, da Nara Roesler, e Rodrigo Bivar, da galeria Millan.
Fonte: Folha Online
SP Arte começa nesta quarta
80 galerias abrigam cerca de 2.500 obras
Faltam cinco meses para a Bienal de São Paulo, mas o pavilhão no parque Ibirapuera já está lotado. Na sexta edição da feira SP Arte, que começa hoje, 80 galerias vão brigar pela atenção de colecionadores e convidados com cerca de 2.500 obras de arte até o próximo domingo.
Depois da crise, o mercado anda eufórico, turbinado por vendas expressivas em leilões e demanda cada vez maior por peças raras. "Todo mundo quer uma obra importante", diz a galerista Luisa Strina, que leva pinturas de Cildo Meireles avaliadas em US$ 300 mil à feira.
Se as cinzas do vulcão islandês atrapalharam o desempenho do Brasil no leilão de arte dos Brics no último fim de semana em Londres, nada impede agora que galeristas vendam o que ficou no país a preços bem avantajados. Ou seja, tudo o que for importante parece ter batido a marca de R$ 1 milhão.
É o caso de "Tamba Tajá", obra da escultora Maria Martins feita nos anos 40, avaliada em R$ 1,5 milhão, a peça mais cara da SP Arte, que pode voltar ao país depois de pertencer à coleção do Malba, em Buenos Aires. "Constellation Noire, Paris", de Antonio Bandeira, pintor abstrato morto nos anos 60 e agora tema de uma retrospectiva na França, custa R$ 1,1 milhão, e "Morto", de Portinari, tem etiqueta de R$ 1 milhão.
Entre os contemporâneos, Adriana Varejão parece seguir os passos de Beatriz Milhazes, que teve a obra mais cara da SP Arte em 2008, vendida a R$ 1,5 milhão. Na atual edição da feira, um trabalho de Varejão, avaliado em mais de R$ 1 milhão, já tem fila de compradores.
"Quanto mais holofotes voltados para a arte brasileira, mais altos ficam os preços", diz Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte. "Mas ainda assim brasileiros são baratos perto de estrangeiros do mesmo calibre."
Desta vez, aliás, dez galerias estrangeiras, entre elas a poderosa Stephen Friedman, de Londres, participam da feira.
Fonte: Folha Online
Faltam cinco meses para a Bienal de São Paulo, mas o pavilhão no parque Ibirapuera já está lotado. Na sexta edição da feira SP Arte, que começa hoje, 80 galerias vão brigar pela atenção de colecionadores e convidados com cerca de 2.500 obras de arte até o próximo domingo.
Depois da crise, o mercado anda eufórico, turbinado por vendas expressivas em leilões e demanda cada vez maior por peças raras. "Todo mundo quer uma obra importante", diz a galerista Luisa Strina, que leva pinturas de Cildo Meireles avaliadas em US$ 300 mil à feira.
Se as cinzas do vulcão islandês atrapalharam o desempenho do Brasil no leilão de arte dos Brics no último fim de semana em Londres, nada impede agora que galeristas vendam o que ficou no país a preços bem avantajados. Ou seja, tudo o que for importante parece ter batido a marca de R$ 1 milhão.
É o caso de "Tamba Tajá", obra da escultora Maria Martins feita nos anos 40, avaliada em R$ 1,5 milhão, a peça mais cara da SP Arte, que pode voltar ao país depois de pertencer à coleção do Malba, em Buenos Aires. "Constellation Noire, Paris", de Antonio Bandeira, pintor abstrato morto nos anos 60 e agora tema de uma retrospectiva na França, custa R$ 1,1 milhão, e "Morto", de Portinari, tem etiqueta de R$ 1 milhão.
Entre os contemporâneos, Adriana Varejão parece seguir os passos de Beatriz Milhazes, que teve a obra mais cara da SP Arte em 2008, vendida a R$ 1,5 milhão. Na atual edição da feira, um trabalho de Varejão, avaliado em mais de R$ 1 milhão, já tem fila de compradores.
"Quanto mais holofotes voltados para a arte brasileira, mais altos ficam os preços", diz Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte. "Mas ainda assim brasileiros são baratos perto de estrangeiros do mesmo calibre."
Desta vez, aliás, dez galerias estrangeiras, entre elas a poderosa Stephen Friedman, de Londres, participam da feira.
Fonte: Folha Online
A boa safra do mercado de obras artísticas
Camila Molina - O Estado de S.Paulo
Cautela. Foi o sentimento que, no ano passado, meses antes da abertura da SP-Arte - Feira Internacional de Arte de São Paulo, a diretora do evento, Fernanda Feitosa, chegou a compartilhar com galeristas, apreensiva quanto aos negócios daquela edição: afinal, era tempo de crise econômica, pós derrocada mundial. "Mas, para nossa surpresa, a feira foi super bem", diz Fernanda - e fazendo um balanço geral, o volume de vendas de obras em 2009 no evento foi de quase US$ 15 milhões. Nada mau.
Já para agora, com a inauguração hoje para convidados e amanhã para o público da 6ª SP-Arte, no prédio da Bienal, não se sente nenhuma ameaça de crise, pelo contrário: ocupando 7,5 mil metros quadrados do térreo e primeiro andar do edifício no Ibirapuera e apresentando estandes de 80 galerias - 70 nacionais (as principais do País) e 10 estrangeiras (com participação, pela primeira vez, da Inglaterra e do México) -, espera-se que as vendas desse ano sejam ainda melhores do que nos anteriores, como num movimento natural de consolidação do evento. Na 1ª SP-Arte, em 2005, participaram 41 galerias (apenas 1 estrangeira) e, como exemplifica Fernanda, em 2006 o volume de vendas foi de US$ 5 milhões.
Conta a favor desse processo, ainda, uma onda de que o mercado de arte no Brasil não foi afetado pelos problemas da economia - enquanto no exterior a queda foi de 30 a 40%, por aqui nada parou. "A SP-Arte não é feira de cartãozinho", diz a diretora do evento, que também organiza a 4ª SP-Arte/Foto, dedicada apenas ao gênero e que ocorrerá entre 8 e 12 de setembro no Shopping Iguatemi.
Bonança. O mercado brasileiro vai tão bem que o Rio de Janeiro também terá uma feira internacional de arte, a primeira edição da ArtRio, que ocorrerá entre 15 e 19 de setembro (pouco antes da abertura da 29ª Bienal de São Paulo) em dois armazéns do Pier Mauá. "Por enquanto temos fechado a participação de 50 galerias, entre elas, 14 estrangeiras", diz Brenda Valansi Osorio, organizadora, do evento, ao lado de Elisângela Valadares. "O Rio está em super evidência por causa do esporte", afirma Brenda. Segundo ela, a feira carioca conta com o apoio da Secretaria de Turismo do município do Rio e da Secretaria de Cultura do Estado.
"Concordamos plenamente que o mercado brasileiro esteja melhor que de muitos de seus pares latino-americanos, sustentado não apenas por uma bonança econômica do País, mas ademais por uma atitude de colecionadores fiéis a seus artistas e a seus gostos", afirma o argentino Gianni Campochiaro, proprietário do GC Estúdio de Arte, de Buenos Aires. Participando pela quarta vez da SP-Arte, o marchand, curiosamente, tem entre a obra mais cara de seu estande um trabalho do brasileiro Raimundo Colares, avaliado em U$ 180 mil.
Por outro lado, há quem pondere o entusiasmo brasileiro. "Em nossa visão, não existe um aquecimento da arte brasileira se comparado a nichos especulativos. Isso significa que há campo para desenvolvimento do Brasil em um mercado mais amplo e internacionalizado", afirma Camille de Bayser, da galeria franco-brasileira Sycomore Art, de Paris, que estará na 6ª SP-Arte. O interesse de Fernanda Feitosa, como ela diz, é centrar esforços para expandir participações na feira da Argentina, México, Venezuela, Colômbia e Porto Rico. "Os EUA também nunca estiveram na SP-Arte e me inspiro também na qualidade da feira Miami-Basel (que ocorre em dezembro)", conclui.
Destaques
O evento paulistano, que tem 75% de suas obras contemporâneas e 25% modernas, apresente nesta edição como primeiro grande destaque a escultura Tamba Tajá, realizada em 1945, pela escultora Maria Martins (1900-1973). Segundo o marchand Renato Magalhães Gouvêa Jr., da Arte 57, a obra, avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão, pertenceu ao colecionador argentino Eduardo Constantini e chegou a figurar no acervo que formaria o Museo de Arte Latinoamericana de Buenos Aires (Malba), entretanto, nunca fora exibida na instituição. "É uma peça inédita no mercado brasileiro e é uma sorte estar aqui", diz Gouvêa, explicando que a escultura de raiz surrealista, tendo como tema uma lenda indígena sobre o amor, estava no exterior.
A presença, pela primeira vez, de criações de Lygia Pape (1927-2004), menção honrosa na última 53ª Bienal de Veneza, também é comemorada, como um objeto de 1990 na Almeida & Dale Galeria de Arte - seu estande ainda colocará a venda uma grande pintura da série Ruína e Charque de Adriana Varejão. Outro destaque é a exposição individual de esculturas e gravuras do mineiro Amilcar de Castro (1920-2002) em espaço feito em parceria entre a Paulo Darzé Galeria (de Salvador) com a paulistana André Millan.
Uma boa iniciativa da SP-Arte, implantada no ano passado, foi a seção Arte Nova, dedicada a galerias menores e que trabalham com jovens criadores. Desta vez estarão a Dumaresq, Mezanino, Dconcept, Dropz, Emma Thomas e Amarelonegro, a argentina Ignacio Liprandi e a virtual Galeria Motor.
O evento ainda promoverá ciclo internacional de palestras no auditório do Museu de Arte Moderna (veja programação em www.sp-arte.com e ainda cobertura on-line pelo site do Forum Permanente de Museus) e prêmios aquisições do Shopping Iguatemi para a Pinacoteca do Estado e Museu de Arte Moderna da Bahia; do Banco Espírito Santo; e da colecionadora Cleusa Garfinkel para o MAM de São Paulo.
Números
A Feira Internacional de Arte de São Paulo revela alguns dados:
80
galerias participantes este ano, entre elas, 10 estrangeiras de Argentina, Uruguai, Inglaterra, França, Espanha e México
15 milhões de dólares
foi o volume de vendas de obras na edição do evento em 2009, considerado um ano de crise mundial
1,5 milhão de reais
é o preço de uma das peças mais caras da feira, a escultura Tamba Tajá (1945) de Maria Martins
Fonte: O Estado de S. Paulo
Cautela. Foi o sentimento que, no ano passado, meses antes da abertura da SP-Arte - Feira Internacional de Arte de São Paulo, a diretora do evento, Fernanda Feitosa, chegou a compartilhar com galeristas, apreensiva quanto aos negócios daquela edição: afinal, era tempo de crise econômica, pós derrocada mundial. "Mas, para nossa surpresa, a feira foi super bem", diz Fernanda - e fazendo um balanço geral, o volume de vendas de obras em 2009 no evento foi de quase US$ 15 milhões. Nada mau.
Já para agora, com a inauguração hoje para convidados e amanhã para o público da 6ª SP-Arte, no prédio da Bienal, não se sente nenhuma ameaça de crise, pelo contrário: ocupando 7,5 mil metros quadrados do térreo e primeiro andar do edifício no Ibirapuera e apresentando estandes de 80 galerias - 70 nacionais (as principais do País) e 10 estrangeiras (com participação, pela primeira vez, da Inglaterra e do México) -, espera-se que as vendas desse ano sejam ainda melhores do que nos anteriores, como num movimento natural de consolidação do evento. Na 1ª SP-Arte, em 2005, participaram 41 galerias (apenas 1 estrangeira) e, como exemplifica Fernanda, em 2006 o volume de vendas foi de US$ 5 milhões.
Conta a favor desse processo, ainda, uma onda de que o mercado de arte no Brasil não foi afetado pelos problemas da economia - enquanto no exterior a queda foi de 30 a 40%, por aqui nada parou. "A SP-Arte não é feira de cartãozinho", diz a diretora do evento, que também organiza a 4ª SP-Arte/Foto, dedicada apenas ao gênero e que ocorrerá entre 8 e 12 de setembro no Shopping Iguatemi.
Bonança. O mercado brasileiro vai tão bem que o Rio de Janeiro também terá uma feira internacional de arte, a primeira edição da ArtRio, que ocorrerá entre 15 e 19 de setembro (pouco antes da abertura da 29ª Bienal de São Paulo) em dois armazéns do Pier Mauá. "Por enquanto temos fechado a participação de 50 galerias, entre elas, 14 estrangeiras", diz Brenda Valansi Osorio, organizadora, do evento, ao lado de Elisângela Valadares. "O Rio está em super evidência por causa do esporte", afirma Brenda. Segundo ela, a feira carioca conta com o apoio da Secretaria de Turismo do município do Rio e da Secretaria de Cultura do Estado.
"Concordamos plenamente que o mercado brasileiro esteja melhor que de muitos de seus pares latino-americanos, sustentado não apenas por uma bonança econômica do País, mas ademais por uma atitude de colecionadores fiéis a seus artistas e a seus gostos", afirma o argentino Gianni Campochiaro, proprietário do GC Estúdio de Arte, de Buenos Aires. Participando pela quarta vez da SP-Arte, o marchand, curiosamente, tem entre a obra mais cara de seu estande um trabalho do brasileiro Raimundo Colares, avaliado em U$ 180 mil.
Por outro lado, há quem pondere o entusiasmo brasileiro. "Em nossa visão, não existe um aquecimento da arte brasileira se comparado a nichos especulativos. Isso significa que há campo para desenvolvimento do Brasil em um mercado mais amplo e internacionalizado", afirma Camille de Bayser, da galeria franco-brasileira Sycomore Art, de Paris, que estará na 6ª SP-Arte. O interesse de Fernanda Feitosa, como ela diz, é centrar esforços para expandir participações na feira da Argentina, México, Venezuela, Colômbia e Porto Rico. "Os EUA também nunca estiveram na SP-Arte e me inspiro também na qualidade da feira Miami-Basel (que ocorre em dezembro)", conclui.
Destaques
O evento paulistano, que tem 75% de suas obras contemporâneas e 25% modernas, apresente nesta edição como primeiro grande destaque a escultura Tamba Tajá, realizada em 1945, pela escultora Maria Martins (1900-1973). Segundo o marchand Renato Magalhães Gouvêa Jr., da Arte 57, a obra, avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão, pertenceu ao colecionador argentino Eduardo Constantini e chegou a figurar no acervo que formaria o Museo de Arte Latinoamericana de Buenos Aires (Malba), entretanto, nunca fora exibida na instituição. "É uma peça inédita no mercado brasileiro e é uma sorte estar aqui", diz Gouvêa, explicando que a escultura de raiz surrealista, tendo como tema uma lenda indígena sobre o amor, estava no exterior.
A presença, pela primeira vez, de criações de Lygia Pape (1927-2004), menção honrosa na última 53ª Bienal de Veneza, também é comemorada, como um objeto de 1990 na Almeida & Dale Galeria de Arte - seu estande ainda colocará a venda uma grande pintura da série Ruína e Charque de Adriana Varejão. Outro destaque é a exposição individual de esculturas e gravuras do mineiro Amilcar de Castro (1920-2002) em espaço feito em parceria entre a Paulo Darzé Galeria (de Salvador) com a paulistana André Millan.
Uma boa iniciativa da SP-Arte, implantada no ano passado, foi a seção Arte Nova, dedicada a galerias menores e que trabalham com jovens criadores. Desta vez estarão a Dumaresq, Mezanino, Dconcept, Dropz, Emma Thomas e Amarelonegro, a argentina Ignacio Liprandi e a virtual Galeria Motor.
O evento ainda promoverá ciclo internacional de palestras no auditório do Museu de Arte Moderna (veja programação em www.sp-arte.com e ainda cobertura on-line pelo site do Forum Permanente de Museus) e prêmios aquisições do Shopping Iguatemi para a Pinacoteca do Estado e Museu de Arte Moderna da Bahia; do Banco Espírito Santo; e da colecionadora Cleusa Garfinkel para o MAM de São Paulo.
Números
A Feira Internacional de Arte de São Paulo revela alguns dados:
80
galerias participantes este ano, entre elas, 10 estrangeiras de Argentina, Uruguai, Inglaterra, França, Espanha e México
15 milhões de dólares
foi o volume de vendas de obras na edição do evento em 2009, considerado um ano de crise mundial
1,5 milhão de reais
é o preço de uma das peças mais caras da feira, a escultura Tamba Tajá (1945) de Maria Martins
Fonte: O Estado de S. Paulo
terça-feira, 27 de abril de 2010
Neste sábado, dia 30 de abril, assista ao vivo as palestras da SP-Arte/2010
Neste sábado, dia 30, você poderá assistir ao vivo pela internet as palestras da programação cultural da SP-Arte. Basta acessar o link do Forum Permanente sobre museus de arte.
As palestras da SP Arte têm se tornado uma referência no debate cultural sobre artes plásticas.
Nesta sexta edição, todas as palestras serão no AUDITÓRIO LINA BO BARDI do MAM.
O acesso é restrito aos que detém um ingresso para a feira (convidados ou pagantes) e depende também de inscrição prévia.
Cada ingresso dará direito a uma palestra.
Para se inscrever, é preciso se dirigir ao balcão de informações, localizado no térreo em frente à bilheteria principal. O interessado deverá retirar uma pulseira para acesso ao auditório (uma pulseira para cada palestra do dia).
29 ABR / 16H
SOTHEBY’S Quanto vale? um olhar sobre arte e design contemporâneo e latino-americano.
A famosa casa de leilão inglesa Sotheby's compartilhará informações sobre como se estabelece o valor de uma obra de arte e como esse valor se comporta em tempos de crise. A palestra versará também sobre os mercados de arte contemporânea, latino americano e de design.
Maria Bonta de la Pezuela
Vice-presidente Diretora, América Latina Especialista em Arte Latino-americana.
Maria Bonta, natural da Argentina, é Mestre em História da Arte pela Universidade Nacional Autônoma do México. Possui mais de 17 anos de experência no mercado de arte, com especial atenção para a Arte Latino-Americana. Desde 2005, Maria Bonta é especialista sênior para os assuntos de Arte Latino-Americana na Sotheby’s em Nova Iorque.
Gabriela Palmieri
Vice-presidente Especialista em Arte Contemporânea.
Gabriela Palmieri juntou-se ao Departamento de Arte Contemporânea da Sotheby’s em 2004. Até recentemente, foi diretora de Day Sales. Graduou-se em Artes pelo Boston College em 1997 e em 1999 tornou-se PhD pela Universidade de Chicago. Seu trabalho concentra-se na produção do período Pós-Guerra, Arte Contemporânea Latino-Americana e Teoria de Exposição no Século XX.
29 ABR / 17H
MALMÖ KONSTHALL Curadorias Alternativas
O diretor do museu irá expor a respeito da política de atuação do Malmö Konsthall como instituição cultural pública e suas visões sobre a arte brasileira, presente nas próximas exposições do museu com Rivane Neuenschwander e Renata Lucas.
Jacob Fabricius
Diretor do Malmö Konsthall, Suécia , desde 2008
Jacob Fabricius é curador independente e editor do Pork Salad Press.
Em suas exposições e publicações, Fabricius usa regularmente meios e modelos inovadores de apresentação. Entre os projetos em espaços públicos estão: ”What is a guy from Leicester, a Swedish girl, a family father and a gay couple doing on a deserted island between Denmark and Sweden?" (97), S-train (99), Rent-a-bench (2002), Retur (2002), Sandwiched (2003), KBH Kunsthal (2005-06), Auto-Stop (2008) and 24 Advertisements (2009-2011). Fabricius também edita os periódicos Old News Magazine e Gas Fanzine (com Pernille Albrethsen).
30 ABR / 15H
MUSAC - MUSEO DE ARTE CONTEMPORÁNEO DE CASTILLA Y LÉON MODELOS PARA ARMAR. Arte latino-americana na coleção do MUSAC.
Os curadores do MUSAC apresentarão o ambicioso projeto em torno da arte na América Latina, no qual trabalham há vários anos. A partir tanto da coleção do Museu, como de outros projetos satélites que vão desde uma mostra de jovens artistas brasileiros a seminários teóricos e de reflexão, até a publicação da RADAR, uma nova revista de arte e pensamento. O Museu busca ampliar o conhecimento e a visão da arte na América Latina, a partir de uma iniciativa de um museu europeu. A exposição faz parte da comemoração do quinto aniversário do MUSAC.
Agustín Pérez Rubio
Diretor MUSAC
Agustín Perez Rubio curou importantes exposições individuais no MUSAC, como as de Sejima+Nishizawa/SANAA, Dora Garcia, Hedi Slimane e Ugo Rondinone, além de exposições no exterior a partir do acervo do MUSAC. Contribui com diversos periódicos especializados, como The Nordic Art Review, Art Journal, Tema Celeste, Le Journal des Arts, The Art Newspaper, Atlántica entre outras.
Octavio Zaya
Curador MUSAC
Curador independente. Diretor da revista trimestral Atlántica e colaborador das revistas Nka Journal of Contemporary African Art e Flash Art. Integrou curadorias de importantes exposições, como Latinoamerica en ARCO, Documenta 11 e Bienais de Johannesburg. Escreveu sobre diversos artistas, publicando livros próprios ou contribuido com catálogos e outras publicações
30 ABR 16H30
ENTRE CARNES E MARES, Adriana Varejão
Após a palestra ocorrerá o lançamento do livro no lounge-bar SP-Arte
Lilia Schwarcz - FFLCH USP - Antropóloga / antropologist
Rodrigo Moura - Inhotim, curador / curator
Agnaldo Farias - Crítico e curador / critic and curator
As palestras da SP Arte têm se tornado uma referência no debate cultural sobre artes plásticas.
Nesta sexta edição, todas as palestras serão no AUDITÓRIO LINA BO BARDI do MAM.
O acesso é restrito aos que detém um ingresso para a feira (convidados ou pagantes) e depende também de inscrição prévia.
Cada ingresso dará direito a uma palestra.
Para se inscrever, é preciso se dirigir ao balcão de informações, localizado no térreo em frente à bilheteria principal. O interessado deverá retirar uma pulseira para acesso ao auditório (uma pulseira para cada palestra do dia).
29 ABR / 16H
SOTHEBY’S Quanto vale? um olhar sobre arte e design contemporâneo e latino-americano.
A famosa casa de leilão inglesa Sotheby's compartilhará informações sobre como se estabelece o valor de uma obra de arte e como esse valor se comporta em tempos de crise. A palestra versará também sobre os mercados de arte contemporânea, latino americano e de design.
Maria Bonta de la Pezuela
Vice-presidente Diretora, América Latina Especialista em Arte Latino-americana.
Maria Bonta, natural da Argentina, é Mestre em História da Arte pela Universidade Nacional Autônoma do México. Possui mais de 17 anos de experência no mercado de arte, com especial atenção para a Arte Latino-Americana. Desde 2005, Maria Bonta é especialista sênior para os assuntos de Arte Latino-Americana na Sotheby’s em Nova Iorque.
Gabriela Palmieri
Vice-presidente Especialista em Arte Contemporânea.
Gabriela Palmieri juntou-se ao Departamento de Arte Contemporânea da Sotheby’s em 2004. Até recentemente, foi diretora de Day Sales. Graduou-se em Artes pelo Boston College em 1997 e em 1999 tornou-se PhD pela Universidade de Chicago. Seu trabalho concentra-se na produção do período Pós-Guerra, Arte Contemporânea Latino-Americana e Teoria de Exposição no Século XX.
29 ABR / 17H
MALMÖ KONSTHALL Curadorias Alternativas
O diretor do museu irá expor a respeito da política de atuação do Malmö Konsthall como instituição cultural pública e suas visões sobre a arte brasileira, presente nas próximas exposições do museu com Rivane Neuenschwander e Renata Lucas.
Jacob Fabricius
Diretor do Malmö Konsthall, Suécia , desde 2008
Jacob Fabricius é curador independente e editor do Pork Salad Press.
Em suas exposições e publicações, Fabricius usa regularmente meios e modelos inovadores de apresentação. Entre os projetos em espaços públicos estão: ”What is a guy from Leicester, a Swedish girl, a family father and a gay couple doing on a deserted island between Denmark and Sweden?" (97), S-train (99), Rent-a-bench (2002), Retur (2002), Sandwiched (2003), KBH Kunsthal (2005-06), Auto-Stop (2008) and 24 Advertisements (2009-2011). Fabricius também edita os periódicos Old News Magazine e Gas Fanzine (com Pernille Albrethsen).
30 ABR / 15H
MUSAC - MUSEO DE ARTE CONTEMPORÁNEO DE CASTILLA Y LÉON MODELOS PARA ARMAR. Arte latino-americana na coleção do MUSAC.
Os curadores do MUSAC apresentarão o ambicioso projeto em torno da arte na América Latina, no qual trabalham há vários anos. A partir tanto da coleção do Museu, como de outros projetos satélites que vão desde uma mostra de jovens artistas brasileiros a seminários teóricos e de reflexão, até a publicação da RADAR, uma nova revista de arte e pensamento. O Museu busca ampliar o conhecimento e a visão da arte na América Latina, a partir de uma iniciativa de um museu europeu. A exposição faz parte da comemoração do quinto aniversário do MUSAC.
Agustín Pérez Rubio
Diretor MUSAC
Agustín Perez Rubio curou importantes exposições individuais no MUSAC, como as de Sejima+Nishizawa/SANAA, Dora Garcia, Hedi Slimane e Ugo Rondinone, além de exposições no exterior a partir do acervo do MUSAC. Contribui com diversos periódicos especializados, como The Nordic Art Review, Art Journal, Tema Celeste, Le Journal des Arts, The Art Newspaper, Atlántica entre outras.
Octavio Zaya
Curador MUSAC
Curador independente. Diretor da revista trimestral Atlántica e colaborador das revistas Nka Journal of Contemporary African Art e Flash Art. Integrou curadorias de importantes exposições, como Latinoamerica en ARCO, Documenta 11 e Bienais de Johannesburg. Escreveu sobre diversos artistas, publicando livros próprios ou contribuido com catálogos e outras publicações
30 ABR 16H30
ENTRE CARNES E MARES, Adriana Varejão
Após a palestra ocorrerá o lançamento do livro no lounge-bar SP-Arte
Lilia Schwarcz - FFLCH USP - Antropóloga / antropologist
Rodrigo Moura - Inhotim, curador / curator
Agnaldo Farias - Crítico e curador / critic and curator
ROLÊ ARTÍSTICO, coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo
Mais de 20 diretores de museus e colecionadores estrangeiros estão em SP para a feira SP Arte, que começa amanhã. Eles farão visitas à exposição de Hélio Oiticica, ao MAC da USP e a casas de colecionadores.
Fonte: Folha de S. Paulo
Fonte: Folha de S. Paulo
Oi participa da 6ª edição da SP-Arte
Pela terceira vez consecutiva a Oi, com apoio cultural do Oi Futuro, patrocina a Feira Internacional de Arte de São Paulo (SP-Arte). De 29 de abril até 2 de maio, as mais importantes galerias nacionais e internacionais estarão presentes no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. O Oi Futuro montou na feira um lounge multimídia e interativo, com instalações de artistas brasileiros.
O espaço expositivo do Oi Futuro foi planejado para oferecer ao público da exposição um panorama das ações culturais do instituto de responsabilidade social da Oi. Foram convidados quatro artistas que tiveram suas obras expostas recentemente nos centros culturais do Oi Futuro no Rio de Janeiro (Ipanema e Flamengo) e em Belo Horizonte: Eduardo Kac, Ricardo Barreto, Xico Chaves e Helena Trindade.
Os artistas
Eduardo Kac - Poesia Digital: 1982 – 1998
Precursor da Bioarte e da Arte Trangênica, o brasileiro, radicado nos Estados Unidos, sempre procurou novas formas de expressão. O artista comemorou 30 anos de carreira internacional apresentando 14 de seus primeiros poemas eletrônicos no Oi Futuro de Belo Horizonte. Projetados em telas, muitos deles permitem a interação com o público. Kac começou a se dedicar à poesia digital em 1982, quando produziu seu primeiro poema – NÃO -, que também faz parte desta retrospectiva.
Ricardo Barreto – O Avator
Colaboração: Maria Hsu, Marcos Paulo Moreti O AVATOR - BRASIL
Com grande destaque na cena cultural, seus trabalhos envolvem performances, instalações e vídeos e, desde os anos 90, dedica-se a arte digital. Juntamente com Paula Perissinotto concebeu e organiza, desde 2007, o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica que tornou-se um dos principais vetores da arte eletrônica. Em sua obra Avator (Avatar ator), o artista cria a possibilidade de dialogarmos com um pensador do final do século XIX. Para tal, foi escolhido Nietzsche, figura fascinante e polêmica, que provocou uma ruptura completa, criticando os principais paradigmas da civilização ocidental. O artista se atreveu a fazer o Avator do filósofo com uma forma feminina, mas o grande desafio da obra é promover um diálogo entre sujeito e filósofo através de seus avatares. Nietzsche vai tentar refletir sobre questões levantadas pelo público interlocutor.
Xico Chaves – Projeto Passagem
O artista vai transportar para o lauge na SP-Arte o “Projeto Passagem” que acontece regularmente no Oi Futuro Ipanema. O objetivo é criar um espaço de intervenção permanente, onde os artistas ocupam toda a área de circulação do centro cultural do Rio. Xico é um poeta múltiplo, cuja obra transpassa todos os meios, tendo como eixo ou centro nevrálgico a palavra e o som. As qualidades da poesia visual e experimental provenientes dos anos 70 e 80 repercutem em sua produção com o vigor da palavra na arte contemporânea, como um lugar onde é possível encontrar referências norteadoras para o século XXI.
Helena Trindade
Helena é artista visual, formada pela Art Students Leagua, Contemporary Art Theories na School of Visual Arts e New York University, mestre pela UFRJ, pós-graduada em arte e filosofia pela PUC-Rio. Sua produção compreende instalações, site specifics,
poemas-objeto, vídeo e fotografia. A artista criou especialmente para a SP-Arte um poema-objeto cujo tema é o futuro, apresentado em placas de LED sobre uma coluna.
Fonte: AdNews
O espaço expositivo do Oi Futuro foi planejado para oferecer ao público da exposição um panorama das ações culturais do instituto de responsabilidade social da Oi. Foram convidados quatro artistas que tiveram suas obras expostas recentemente nos centros culturais do Oi Futuro no Rio de Janeiro (Ipanema e Flamengo) e em Belo Horizonte: Eduardo Kac, Ricardo Barreto, Xico Chaves e Helena Trindade.
Os artistas
Eduardo Kac - Poesia Digital: 1982 – 1998
Precursor da Bioarte e da Arte Trangênica, o brasileiro, radicado nos Estados Unidos, sempre procurou novas formas de expressão. O artista comemorou 30 anos de carreira internacional apresentando 14 de seus primeiros poemas eletrônicos no Oi Futuro de Belo Horizonte. Projetados em telas, muitos deles permitem a interação com o público. Kac começou a se dedicar à poesia digital em 1982, quando produziu seu primeiro poema – NÃO -, que também faz parte desta retrospectiva.
Ricardo Barreto – O Avator
Colaboração: Maria Hsu, Marcos Paulo Moreti O AVATOR - BRASIL
Com grande destaque na cena cultural, seus trabalhos envolvem performances, instalações e vídeos e, desde os anos 90, dedica-se a arte digital. Juntamente com Paula Perissinotto concebeu e organiza, desde 2007, o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica que tornou-se um dos principais vetores da arte eletrônica. Em sua obra Avator (Avatar ator), o artista cria a possibilidade de dialogarmos com um pensador do final do século XIX. Para tal, foi escolhido Nietzsche, figura fascinante e polêmica, que provocou uma ruptura completa, criticando os principais paradigmas da civilização ocidental. O artista se atreveu a fazer o Avator do filósofo com uma forma feminina, mas o grande desafio da obra é promover um diálogo entre sujeito e filósofo através de seus avatares. Nietzsche vai tentar refletir sobre questões levantadas pelo público interlocutor.
Xico Chaves – Projeto Passagem
O artista vai transportar para o lauge na SP-Arte o “Projeto Passagem” que acontece regularmente no Oi Futuro Ipanema. O objetivo é criar um espaço de intervenção permanente, onde os artistas ocupam toda a área de circulação do centro cultural do Rio. Xico é um poeta múltiplo, cuja obra transpassa todos os meios, tendo como eixo ou centro nevrálgico a palavra e o som. As qualidades da poesia visual e experimental provenientes dos anos 70 e 80 repercutem em sua produção com o vigor da palavra na arte contemporânea, como um lugar onde é possível encontrar referências norteadoras para o século XXI.
Helena Trindade
Helena é artista visual, formada pela Art Students Leagua, Contemporary Art Theories na School of Visual Arts e New York University, mestre pela UFRJ, pós-graduada em arte e filosofia pela PUC-Rio. Sua produção compreende instalações, site specifics,
poemas-objeto, vídeo e fotografia. A artista criou especialmente para a SP-Arte um poema-objeto cujo tema é o futuro, apresentado em placas de LED sobre uma coluna.
Fonte: AdNews
sábado, 24 de abril de 2010
SP-Arte movimenta 26 milhões de reais e reúne obras de 1 400 artistas. Vejinha
O evento, que ocupa o Pavilhão da Bienal pela sexta vez de quinta (29) a domingo (2), emprega direta e indiretamente 2 000 pessoas
Por Sara Duarte
28/04/2010
Um batalhão de 300 operários põe de pé 79 estandes de madeira e alumínio no Ibirapuera, enquanto quarenta funcionários de uma transportadora da Casa Verde conferem obras de arte trazidas do exterior. No Itaim Bibi, o time de um escritório de arquitetura discute a construção de dois lounges. Já em Higienópolis, uma molduraria faz retoques finais num lote de fotos. Apesar das diferenças geográficas, todos trabalham com o mesmo objetivo: garantir o sucesso da SP-Arte, a principal feira de galeristas do país.
Operários montam galerias que vão ocupar o Pavilhão da Bienal:
2 000 pessoas envolvidas direta e indiretamente no trabalho
O evento, que ocupa o Pavilhão da Bienal pela sexta vez de quinta (29) a domingo (2), emprega direta e indiretamente 2 000 pessoas em cerca de trinta empresas paulistanas, ao longo de dez meses de trabalho. “Assim que acaba uma edição, começamos a pensar na próxima”, diz Fernanda Feitosa, criadora e diretora dessa espécie de megaexposição. “Queremos ser para o mundo das artes plásticas o mesmo que a São Paulo Fashion Week representa para o calendário da moda internacional.”
Confira a íntegra no site da Veja SP
Por Sara Duarte
28/04/2010
Um batalhão de 300 operários põe de pé 79 estandes de madeira e alumínio no Ibirapuera, enquanto quarenta funcionários de uma transportadora da Casa Verde conferem obras de arte trazidas do exterior. No Itaim Bibi, o time de um escritório de arquitetura discute a construção de dois lounges. Já em Higienópolis, uma molduraria faz retoques finais num lote de fotos. Apesar das diferenças geográficas, todos trabalham com o mesmo objetivo: garantir o sucesso da SP-Arte, a principal feira de galeristas do país.
Operários montam galerias que vão ocupar o Pavilhão da Bienal:
2 000 pessoas envolvidas direta e indiretamente no trabalho
O evento, que ocupa o Pavilhão da Bienal pela sexta vez de quinta (29) a domingo (2), emprega direta e indiretamente 2 000 pessoas em cerca de trinta empresas paulistanas, ao longo de dez meses de trabalho. “Assim que acaba uma edição, começamos a pensar na próxima”, diz Fernanda Feitosa, criadora e diretora dessa espécie de megaexposição. “Queremos ser para o mundo das artes plásticas o mesmo que a São Paulo Fashion Week representa para o calendário da moda internacional.”
Confira a íntegra no site da Veja SP
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Faltam poucas dias para a SP-Arte! Confira as novidades.
Na próxima quinta-feira, dia 29, irá começar a melhor e mais importante feira de artes plásticas da América Latina:
a SP-Arte/2010.
Confira as novidades e informações básicas
em nosso site, em nosso blog, no Twitter ou no Facebook.
Verifique:
Acesso / Ingresso
Onde fica a feira
As 80 galerias expositoras
Os mais de 1.400 artistas
As 4 palestras sobre a arte e seu universo
A Arte Nova
O Site Specific
Mais notícias recentes
Dia 28 de abril, quarta-feira, a partir das 14 às 18 horas, preview apenas para convidados.
Às 18 horas, inaguração mediante convite.
A partir do dia 29 de abril até 2 de maio para o público em geral.
Quinta e sexta-feira, das 14 às 22 horas.
Sábado e domingo, das 12 às 21 horas.
Aguardamos sua visita!
Acompanhe nosso blog ou Facebook.
Comente, participe!
SP-Arte no Glamurama, de Joyce Pascowitch
A SP-Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo – abre sua sexta edição no próximo dia 29. O coquetel de inauguração será no dia 28, no Pavilhão da Bienal, do Parque do Ibirapuera. A diretora do evento, Fernanda Feitosa, espera receber um público de mais de 15 mil pessoas, recorde da feira. Glamurama aproveitou para bater um papo com ela e saber as novidades deste ano.
Como será a SP-Arte 2010? Qual é a sua expectativa?
“Dobramos de tamanho em relação à primeira edição. Começamos com 40 galerias, hoje estamos com 80, 70 brasileiras e 10 estrangeiras. A nossa expectativa é superalta, baseada e calcada nos resultados do ano passado. O mercado está bastante aquecido com colecionadores e convidados.”
Você sente mais interesse do público estrangeiro na feira?
“A feira já entrou no calendário internacional, está gerando várias repercussões. Recebemos um e-mail da diretora do instituto norte-americano Smithsonian, maior complexo de museus do mundo, dizendo que vem. Também tivemos a confirmação da vinda do ministro da cultura do Paraguai e de algumas galerias internacionais que não participam, mas vêm para conhecer.”
Você acha que a feira já ajudou a mudar a percepção do brasileiro para a arte? Já existem iniciativas que tenham como finalidade doar obras para os acervos dos museus brasileiros?
“Com certeza! Carlinhos Jereissati, do Iguatemi, que é parceiro e adora arte, começou em 2008 com um prêmio de doação. Este ano ele vai comprar R$ 80 mil em arte na feira e doará as obras para dois museus previamente escolhidos. Este ano os agraciados serão a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o MAM da Bahia. Os bancos Itaú e Espírito Santo também vão doar obras para museus. Fora do Brasil a maioria dos museus de arte vive disso, aqui essa tradição começou de fato na SP Arte.”
O que falta para a SP-Arte se tornar referência no mundo das artes, como a Basel, na Suíça, a Arco, na Espanha, e outras importantes feiras do mundo?
“Ela já é referência no mercado local e estamos nos preparando para que ela se torne a maior e mais relevante da América Latina. Das dez galerias estrangeiras que vêm, cinco participam das maiores feiras do mundo. Isso é importantíssimo, um carimbo de qualidade. O grande problema ainda é o que diz respeito às barreiras alfandegárias, que limitam nosso crescimento. As obras daqui acabam saindo por 50% a mais. Estamos lutando para que se diminuam essas barreiras.”
Fonte: Glamurama / Joyce Pascowitch
Como será a SP-Arte 2010? Qual é a sua expectativa?
“Dobramos de tamanho em relação à primeira edição. Começamos com 40 galerias, hoje estamos com 80, 70 brasileiras e 10 estrangeiras. A nossa expectativa é superalta, baseada e calcada nos resultados do ano passado. O mercado está bastante aquecido com colecionadores e convidados.”
Você sente mais interesse do público estrangeiro na feira?
“A feira já entrou no calendário internacional, está gerando várias repercussões. Recebemos um e-mail da diretora do instituto norte-americano Smithsonian, maior complexo de museus do mundo, dizendo que vem. Também tivemos a confirmação da vinda do ministro da cultura do Paraguai e de algumas galerias internacionais que não participam, mas vêm para conhecer.”
Você acha que a feira já ajudou a mudar a percepção do brasileiro para a arte? Já existem iniciativas que tenham como finalidade doar obras para os acervos dos museus brasileiros?
“Com certeza! Carlinhos Jereissati, do Iguatemi, que é parceiro e adora arte, começou em 2008 com um prêmio de doação. Este ano ele vai comprar R$ 80 mil em arte na feira e doará as obras para dois museus previamente escolhidos. Este ano os agraciados serão a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o MAM da Bahia. Os bancos Itaú e Espírito Santo também vão doar obras para museus. Fora do Brasil a maioria dos museus de arte vive disso, aqui essa tradição começou de fato na SP Arte.”
O que falta para a SP-Arte se tornar referência no mundo das artes, como a Basel, na Suíça, a Arco, na Espanha, e outras importantes feiras do mundo?
“Ela já é referência no mercado local e estamos nos preparando para que ela se torne a maior e mais relevante da América Latina. Das dez galerias estrangeiras que vêm, cinco participam das maiores feiras do mundo. Isso é importantíssimo, um carimbo de qualidade. O grande problema ainda é o que diz respeito às barreiras alfandegárias, que limitam nosso crescimento. As obras daqui acabam saindo por 50% a mais. Estamos lutando para que se diminuam essas barreiras.”
Fonte: Glamurama / Joyce Pascowitch
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Aquarela do Brasil. No Valor Econômico!
Sexta edição da SP Arte, leilão em Londres e comitê multidisciplinar atestam novos caminhos do mercado de artes brasileiro.
Por Márcio Rodrigues
Nos últimos 15 anos, tornou-se lugar-comum ouvir notícias sobre trabalhos de artistas brasileiros que atingiram cifras expressivas, sendo negociados em galerias, feiras de arte e leilões tanto no Brasil quanto na Europa e nos Estados Unidos. Embalada e influenciada pelo bom desempenho da economia nacional, a arte brasileira vive hoje um momento otimista e efervescente.
Enquanto trabalhos de artistas contemporâneos brasileiros, como Beatriz Milhazes, Ernesto Neto e Cildo Meireles, são avidamente procurados por colecionadores internacionais com a mesma gula com que buscam adquirir obras de artistas que já morreram, como a própria Tarsila, Lygia Clark e Hélio Oiticica, o mercado de arte brasileiro busca cada vez mais sua profissionalização e ampliação.
Se lá fora casas tradicionais como a inglesa Phillips de Pury & Company organizam eventos como o leilão intitulado "Bric" - em referência à sigla econômica que congrega os países de economia emergente, leia-se Brasil, Rússia, Índia e China - que na noite do dia 24 vai dedicar-se à venda de mais de cem trabalhos brasileiros, por aqui, iniciativas como a sexta edição da SP Arte e a reativação do Comitê Brasileiro de Arte Contemporânea indicam um momento cada vez mais sólido de nosso mercado de arte.
Radicada na Argentina em 2004, Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte, percebeu que o Brasil não possuía nenhuma feira de arte de grande porte, apesar do crescimento das vendas de obras brasileiras tanto aqui quanto no exterior. Apoiada nessa percepção e na convicção de que o Brasil apresentava um mercado de arte "maduro", com várias galerias importantes e artistas de renome, Fernanda criou a SP Arte em 2005.
A primeira edição da feira reuniu no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, 40 galerias brasileiras e 1 estrangeira, além de um público de 7 mil visitantes, número substancioso para um evento de quatro dias, principalmente se for levado em conta que no Brasil o Masp, museu dedicado somente à exibição de obras de arte, foi o mais visitado no país durante os mais de 300 dias em que permaneceu com suas portas abertas no ano passado: recebeu 679 mil pessoas.
Fernanda estava certa ao deduzir que, se "São Paulo é a capital econômica da América Latina", a cidade carecia de uma feira de arte que refletisse não apenas sua importância, mas de todo o Brasil nesse setor. Outro dado surpreendente e desconhecido desse mercado até então é que a SP Arte revelou a existência de um público potencial de colecionadores brasileiros mais jovens, na faixa dos 35 anos, o que pode garantir a continuação do ciclo virtuoso pelo qual hoje passam as galerias e casas de leilão no Brasil.
Sem rodeios, a megamarchand revela que entre 2005 e 2008 o volume de negócios na SP Arte cresceu em média de 10% a 15% a cada ano e em 2009 o crescimento foi de aproximadamente 20%, atestando a afirmação de Fernanda de que as vendas realizadas pela SP Arte no ano passado não foram afetadas pela crise global que prejudicou, no fim de 2008 e durante todo o ano passado, o desempenho de feiras importantes, como a ArtBasel, na Suíça, e a Arco, na Espanha. Para a sexta edição da SP Arte, Fernanda estima que o crescimento dos negócios continuará na casa dos 20%, sendo negociados entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões em obras de arte. Com 80 galerias confirmadas no Pavilhão da Bienal entre os dias 29 e 2, entre elas A Gentil Carioca (RJ), La Caja Negra (Espanha) e Luisa Strina (SP), a SP Arte enfrenta agora um único "problema": selecionar galerias brasileiras para suas próximas edições que mantenham o nível de trabalhos e artistas apresentados similar ao das que hoje compõem a edição atual do evento.
O bom momento do mercado de arte no Brasil estimulou marchands de cinco Estados (PR, RS, SP, MG, RJ) a retomar as atividades do Comitê Brasileiro de Arte Contemporânea. Reunindo órgãos como MinC, Ministério das Relações Exteriores, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Funarte, Fundação Bienal, Agência Brasileira de Apoio à Cultura (Abac), Alessandra d'Aloia, da Fortes Vilaça, o colecionador Fabio Szwarcwald, do Rio, uma galerista - Luisa Strina - e a Fundação Bienal do Mercosul, o comitê tem como metas principais operacionalizar ações de fortalecimento do mercado interno de artes plásticas e promover, ainda mais, a internacionalização desse segmento.
Presidido por Alessandra, sócia-diretora da Fortes Vilaça - hoje considerada uma das mais "internacionalizadas" galerias brasileiras -, esse comitê também tem por objetivo reunir informações sistematizadas do tamanho do mercado de arte brasileiro. A galerista frisa a necessidade de indicar ao governo federal todos os "gargalos existentes no setor para que leis e trâmites sejam revisados" a fim de que, num mundo globalizado, nosso mercado de arte se torne mais ágil e eficiente.
Entre as primeiras iniciativas da associação está a aproximação com o Ministério da Cultura (MinC), um gesto que, além de visar ao melhor desempenho no trâmite de obras de arte do Brasil para o exterior, poderá auxiliar na formulação de estatísticas sobre o real tamanho do mercado de arte no país. Anuários como o "Cultura em Números", lançado pela primeira vez pelo MinC no ano passado, em parceria com o IBGE e a Funarte, dão conta de que hoje no Brasil quase 30% das cidades brasileiras realizam exposições de artes visuais.
Certamente, boa parte dessas mostras é organizada por galerias que têm por objetivo final a comercialização dos trabalhos exibidos. Mesmo com as vendas aquecidas, no entanto, hoje nem o governo nem o mercado sabem mensurar com precisão o tamanho do setor e o que ele representa para a economia brasileira, inclusive em nossa pauta de exportações. A troca de informações entre o Comitê Brasileiro de Arte Contemporânea e o MinC tornará, como observa Alessandra, o setor cada vez "mais ágil e eficiente", como deve ser hoje, aliás, qualquer setor da economia que queira se desenvolver a passos largos.
A carência de dados e cifras sobre o mercado de arte brasileiro, contudo, definitivamente não incomoda os marchands internacionais mais experientes. Na prática, o que leiloeiros e galeristas internacionais perceberam é que a qualidade dos trabalhos brasileiros, principalmente os criados por artistas contemporâneos, tem seduzido cada vez mais colecionadores do mundo inteiro.
Só isso explica o fato de uma tela como "O Mágico", da carioca Beatriz Milhazes, ter sido negociada, em 2008, por mais de US$ 1 milhão pela Sotheby´s em Nova York. Detalhe: Beatriz está viva e é jovem, o que, segundo as regras desse setor, deveria depreciar - ao menos um pouco - os preços de seus trabalhos em leilões internacionais.
Os colecionadores, todavia, parecem ter esquecido ou fazem questão absoluta de ignorar essa regra, comprovando que o "o mercado de arte brasileiro vem crescendo numa trajetória sólida, iniciada ainda no modernismo brasileiro", como observa Fernanda Feitosa.
Estimulada pelo sucesso não só da arte brasileira, mas de todos os países ditos emergentes entre colecionadores europeus, a Phillips de Pury & Company, fundada em 1796 em Londres, decidiu realizar nos dias 23 e 24 um leilão intitulado "Bric" - referência direta ao termo do mercado econômico criado por Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman Sachs.
Com expectativa de arrecadar entre 9 e 13 milhões de libras com o leilão de obras do Brasil, da Rússia, da Índia e da China, a Phillips de Pury deverá colocar à venda mais de cem obras de arte brasileiras, que englobam desde o período modernista até o contemporâneo. Em um trabalho de mais de seis meses, a casa de leilões garimpou obras de cânones como Di Cavalcanti, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Sérgio Camargo - cuja pintura "Relief" atingiu quase US$ 1,6 milhão em leilão promovido pela Sotheby's no ano passado -, mas também de artistas que hoje despontam no mercado internacional, como a jovem Tatiana Blass.
Em entrevista ao Valor, Rodman Primack, diretor da Phillips de Pury e especialista em arte brasileira, concorda com Fernanda Feitosa ao localizar no modernismo brasileiro e, mais precisamente, na Semana de Arte Moderna de 1922, o início da longa jornada do Brasil para se tornar um produtor de arte reconhecido e com obras comercializadas nos mercados mais importantes do mundo.
Como se lê nos livros sobre arte modernista brasileira, de fato, depois de três anos de fortes articulações pessoais com figuras como o influente marchand francês Léonce Rosenberg e o pintor cubista Fernand Léger, a pintora Tarsila do Amaral abriu sua primeira mostra individual na Galeria Percier, em Paris, em 7 de julho de 1926.
Se viajar para Paris com o escritor Oswald de Andrade, então seu marido, no início dos anos 20 foi para Tarsila seu "bilhete para a modernidade", como escreve o curador Paulo Herkenhoff no catálogo da exposição "Arte Brasileira na Coleção Fadel" (2002), a atitude do famoso casal "Tarsiwald" de organizar uma exposição na capital francesa marca, mesmo que de maneira inconsciente, o início da inserção de obras brasileiras no mercado internacional de arte.
Além disso, oito décadas após causar forte repercussão na imprensa francesa com a primeira individual no exterior, Tarsila voltou a ser notícia em novembro de 1995, quando seu "Abaporu", a tela mais emblemática do modernismo brasileiro, foi arrematado em leilão da Christie's de Nova York por US$ 1,25 milhão, o maior valor pago até então na história por uma obra de arte brasileira. Sem saber ao certo o que estava fazendo, o empresário argentino Eduardo Costantini inaugurava ali uma era em que trabalhos de artistas brasileiros - mortos ou vivos - atingiriam cifras milionárias não apenas no mercado de arte internacional, mas também dentro de nosso país.
Para Rodman Primack, o país tem tudo para continuar crescendo nesse setor: um rico patrimônio cultural, excelente artistas, colecionadores e um interesse internacional crescente pela arte produzida aqui. Tal situação, segundo seu raciocínio, aliada ao desenvolvimento econômico interno dos países que compõem o Bric, pode estimular até a "construção de pontes" entre os mercados de arte espalhados pelo mundo. Visto com ressalvas por Alessandra d'Aloia, que vislumbra na iniciativa da Phillips de Pury a possibilidade de criar um novo gueto para arte dos países emergentes, a exemplo do que antes acontecia no mercado internacional com a chamada "arte latina", o leilão do Bric, de qualquer maneira, atesta a boa fase e o interesse cada vez mais crescente despertado pela arte brasileira aqui e no exterior.
Se a SP Arte, como ressalta a própria Alessandra, foi fundamental para abrir o mercado para compradores brasileiros que jamais pensaram em adquirir obras de arte, iniciativas internacionais como a da Phillips de Pury auxiliam a inserir obras feitas aqui em coleções do mundo todo.
A longo prazo, o ato de colecionar - que nasce quase sempre do gosto do mundo privado - pode ajudar na formação de importantes coleções que poderão ser vistas no futuro em instituições públicas, como bem observa Primack, ao mencionar o destino de acervos particulares que fundaram, com a morte de seus proprietários, por exemplo, importantes museus ao redor do mundo. Para além de todas as cifras e investimentos do presente, esta é a melhor herança e rendimento que um mercado de arte aquecido pode deixar para qualquer país.
Publicado em 16 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Leia, arte, pulse!
Agora em abril, São Paulo será a sede de mais edição da SP-Arte, evento que reúne galerias do Brasil e do mundo, no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Daí, a ARTPULSE Magazine, revista americana focada na divulgação da arte contemporânea que funciona como vitrine para nomes ainda não estabelecidos, traz o excelente artigo The End of the Art Fair Age? (vale a pena ler, nem que seja na verão online da publicação). A matéria mostra como as feiras de todo o planeta ocupam posição central na arte de hoje, permitindo ao público descobrir a mais nova produção.
Fonte: Blog da Lancome Brasil
Viver com arte
Ter uma pequena coleção de arte em casa não é só para ricos. Com algumas centenas de reais é possível comprar obras de artistas ainda não famosos que começam a despontar. Sua casa vai ficar descolada, seus amigos vão apreciar e há a possibilidade de comprar peças que serão valorizadas
Fabiana Corrêa
Comprar obras de artistas jovens em ascensão é uma maneira de desembolsar menos para ter em casa uma peça original, que irá valorizar. O pintor e grafiteiro Daniel Melim é um dos que estão em alta. Suas obras custam a partir de R$ 12 000 ACOSTUME-SE
Antes de pensar em quanto pode gastar, é legal descobrir o que você gosta de ver e o que apreciaria ter em casa. Para isso é importante visitar galerias e museus e apurar seu gosto para o que está à venda no mercado. Obras que parecem estranhas ao primeiro olhar ficam mais atraentes depois que você entende o contexto em que foram criadas. "Frequentando boas galerias, você conhece quem está surgindo e no que vale a pena apostar", diz o colecionador e marchand Ronaldo Simões, do Rio de Janeiro, que tem em sua coleção pessoal artistas conhecidos como Valtércio Caldas, Vik Muniz e Adriana Varejão, mas hoje prefere investir em novos talentos.
COMPRE
Não agir por impulso é a primeira regra. É normal visitar uma mesma galeria algumas vezes para se acostumar com a obra que você gostou. Isso é algo com que os galeristas estão habituados. Também não se preocupe em formar a coleção rapidamente. “Seu gosto amadurece e, no final, você cresce junto com o que coleciona”, diz o decorador José Pinto, de São Paulo, que tem cerca de 1 000 quadros.
AVALIE
Gravuras e fotos são as formas mais acessíveis para começar. As peças são numeradas e você sabe quantas reproduções foram feitas: quanto menos, mais cara a série. A dimensão da peça é outro ponto que influencia no preço.
P_A_G_U_E
Com 150 reais você pode comprar a reprodução de uma gravura de um artista conhecido no momento, como o californiano Gary Baseman, à venda na galeria Choque Cultural, em São Paulo. Há também reproduções do brasileiro — e famoso — Amílcar de Castro no mercado a partir de 400 reais. Para ter uma ideia, as obras originais de Amílcar passam dos 10 000 reais.
MAIS POR MeNoS
Quem tem pouco para investir pode procurar artistas que ainda não estão nas galerias, cuja obra pode valorizar mais do que os nomes consagrados. Ao comprar diretamente do ateliê, além de pagar menos, você pode conhecer o artista e todo seu trabalho.
I N V I S T A
Se, além de colecionar, você quer fazer das obras um investimento, é necessário se informar sobre quem está começando, como se estivesse escolhendo ações de empresas promissoras no mercado. “É como uma bolsa de apostas, mas não dá para prever quem vai ficar famoso”, diz Eduardo Fareta, curador da Choque Cultural. A produção de um fotógrafo renomado pode triplicar de valor se esgotar- se no mercado. “Quando uma foto sai de circulação, atinge um preço altíssimo”, diz o curador do Clube de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Eder Chiodetto, que faz curadoria de mostras importantes de fotografia contemporânea em São Paulo.
Informe-se
• De 29 de abril a 2 de maio acontece a Feira Internacional de Arte de São Paulo. Acesse sp-arte.com para saber mais.
• O site mapadasartes.com. br traz eventos em cidades do Brasil todo e também das melhores galerias.
LEIA
Jorge Fernandez, da livraria Gaudí, de São Paulo, especializada em arte, dá dicas para quem está começando:
• Art Now, de Uta Grosenick — catálogo internacional com os artistas que estão em alta (R$ 169).
• Arte Contemporânea, de Michael Archer — panorama da arte contemporânea e maneiras de relacioná-la com o seu dia a dia (R$ 168).
PRESERVE SUA ARTE
> Não pendure quadros, esculturas ou fotos na parede que fica voltada para o lado externo do ambiente, que sofre variação de temperatura. Isso desgasta o material e diminui seu tempo de vida.
> Não coloque sua obra de arte em locais onde haja incidência de sol e busque espaços onde a luz não seja intensa.
> Antes de emoldurar, peça orientação no local que você comprou sua obra de arte para não correr o risco de rasgar ou deteriorá-la.
Publicado em 08/03/10
Fonte: Você S/A
Fabiana Corrêa
Comprar obras de artistas jovens em ascensão é uma maneira de desembolsar menos para ter em casa uma peça original, que irá valorizar. O pintor e grafiteiro Daniel Melim é um dos que estão em alta. Suas obras custam a partir de R$ 12 000 ACOSTUME-SE
Antes de pensar em quanto pode gastar, é legal descobrir o que você gosta de ver e o que apreciaria ter em casa. Para isso é importante visitar galerias e museus e apurar seu gosto para o que está à venda no mercado. Obras que parecem estranhas ao primeiro olhar ficam mais atraentes depois que você entende o contexto em que foram criadas. "Frequentando boas galerias, você conhece quem está surgindo e no que vale a pena apostar", diz o colecionador e marchand Ronaldo Simões, do Rio de Janeiro, que tem em sua coleção pessoal artistas conhecidos como Valtércio Caldas, Vik Muniz e Adriana Varejão, mas hoje prefere investir em novos talentos.
COMPRE
Não agir por impulso é a primeira regra. É normal visitar uma mesma galeria algumas vezes para se acostumar com a obra que você gostou. Isso é algo com que os galeristas estão habituados. Também não se preocupe em formar a coleção rapidamente. “Seu gosto amadurece e, no final, você cresce junto com o que coleciona”, diz o decorador José Pinto, de São Paulo, que tem cerca de 1 000 quadros.
AVALIE
Gravuras e fotos são as formas mais acessíveis para começar. As peças são numeradas e você sabe quantas reproduções foram feitas: quanto menos, mais cara a série. A dimensão da peça é outro ponto que influencia no preço.
P_A_G_U_E
Com 150 reais você pode comprar a reprodução de uma gravura de um artista conhecido no momento, como o californiano Gary Baseman, à venda na galeria Choque Cultural, em São Paulo. Há também reproduções do brasileiro — e famoso — Amílcar de Castro no mercado a partir de 400 reais. Para ter uma ideia, as obras originais de Amílcar passam dos 10 000 reais.
MAIS POR MeNoS
Quem tem pouco para investir pode procurar artistas que ainda não estão nas galerias, cuja obra pode valorizar mais do que os nomes consagrados. Ao comprar diretamente do ateliê, além de pagar menos, você pode conhecer o artista e todo seu trabalho.
I N V I S T A
Se, além de colecionar, você quer fazer das obras um investimento, é necessário se informar sobre quem está começando, como se estivesse escolhendo ações de empresas promissoras no mercado. “É como uma bolsa de apostas, mas não dá para prever quem vai ficar famoso”, diz Eduardo Fareta, curador da Choque Cultural. A produção de um fotógrafo renomado pode triplicar de valor se esgotar- se no mercado. “Quando uma foto sai de circulação, atinge um preço altíssimo”, diz o curador do Clube de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Eder Chiodetto, que faz curadoria de mostras importantes de fotografia contemporânea em São Paulo.
Informe-se
• De 29 de abril a 2 de maio acontece a Feira Internacional de Arte de São Paulo. Acesse sp-arte.com para saber mais.
• O site mapadasartes.com. br traz eventos em cidades do Brasil todo e também das melhores galerias.
LEIA
Jorge Fernandez, da livraria Gaudí, de São Paulo, especializada em arte, dá dicas para quem está começando:
• Art Now, de Uta Grosenick — catálogo internacional com os artistas que estão em alta (R$ 169).
• Arte Contemporânea, de Michael Archer — panorama da arte contemporânea e maneiras de relacioná-la com o seu dia a dia (R$ 168).
PRESERVE SUA ARTE
> Não pendure quadros, esculturas ou fotos na parede que fica voltada para o lado externo do ambiente, que sofre variação de temperatura. Isso desgasta o material e diminui seu tempo de vida.
> Não coloque sua obra de arte em locais onde haja incidência de sol e busque espaços onde a luz não seja intensa.
> Antes de emoldurar, peça orientação no local que você comprou sua obra de arte para não correr o risco de rasgar ou deteriorá-la.
Publicado em 08/03/10
Fonte: Você S/A
Apoio do grupo Iguatemi
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Confira o Site Specific do SP-Arte/2010
Na próxima edição do SP Arte, o Ateliê Fidalga irá montar um site specific com trabalhos de 12 artistas. Será uma intervenção em um ambiente determinado – o próprio locus da feira – e em um tempo limitado, os cinco dias de sua realização. Fruto de um convite para o Ateliê Fidalga, a proposta é ter elementos visuais que estabeleçam um diálogo com o espaço de realização da SP-Arte. Esta ocupação estética temporária será feita na rampa interna de acesso do primeiro para o segundo piso – uma passagem obrigatória para os visitantes da Feira. Trata-se da apropriação estética de um espaço imediato, uma proposta contemporânea de trabalhar com o espaço e que busca incorporá-lo à produção artística exposta pelas galerias de arte. O site specific se propõe não simplesmente a realizar uma representação pictórica ou plástica a mais, mas incorporar o próprio ambiente às obras convencionalmente já aceitas como arte e fazer deste ambiente também uma plataforma integrada de expressão artística.
Dentro de um ambiente rico de produções artísticas diversas – mais de duas mil obras em sua edição de 2010 – o site specific é uma proposta da SP-Arte que aponta para uma dissolução doslimites estáticos das galerias com a própria edificação onde está montada, o Pavilhão Cecillio Matarazzo. Desordenar limites formais. Não deixar o espaço arquitetônico apenas como um depositário passivo das chamadas obras de arte. Ultrapassar o enquadramento de uma tela padrão e incorporar a arquitetura do espaço não só como plataforma, mas também como trabalho estético próprio. Ir além das molduras tradicionais e estender-se além do contorno daquilo que se convencionou delimitar como obra artística. Esta é a proposta que o Ateliê Fidalga aceitou como um desafio estético, junto com artistas participantes de seu espaço e sintonizados com a produção contemporânea de artes plásticas.
Confira quem são os artistas que participarão do Site Specific da SP-Arte/2010:
Ana Niski Zveibil
São Paulo, 1961
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009 Território Ocupado - Fundação de Cultura de MS, Campo Grande, MS; Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba; Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, RS; Fotograma Livre Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, RS; Photo Fidalga- Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; Galeria Carlos Carvalho Arte Comtemporanea Zoom, Lisboa, Portugal; Em Torno De, Complexo Cultural Funarte, São Paulo, SP
Carla Chaim
São Paulo, 1983
Vive e trabalha em São Paulo.
2010, participou da residência artística no ‘The Banff Centre for the Arts’, Canadá, bolsa adquirida com o primeiro lugar no ‘Prêmio Energias na Arte’. Participará este ano também de exposições como: ‘8a. Edição do Programa de Exposições MARP’, Ribeirão Preto e ‘Fidalga no Paço’, Paço das Artes, SP.
Principais exposições: 2009, ‘Prêmio Energias da Arte’, Instituto Tomie Ohtake, SP, ‘Desenho Ocupado’, Galeria Leme, SP, ‘Ateliê Fidalga: 55 artistas’, Galeria Carlos Carvalho Zoon, Lisboa, Portugal, ‘EntreTempos’, Carpe Diem, Lisboa, Portugal, ‘Papermind’, Galeria Vermelho, SP, ‘Sessão Corredor’, Atelier 397, SP
Carlos Nunes
São Paulo,1969
Vive e trabalha em São Paulo.
É formado em Artes Plásticas pela FAAP. Estudou na Sant Martin School of Arts em Londres
Principais exposicões: 2009 MAC Curitiba,(individual),Entre Tempos - Carpe diem ,Lisboa ,Em torno de - Funarte ,São PauloAteliê Fidalga - Galeria Carlos Carvalho / Lisboa, Portugal
Deolinda Aguiar
Ribeirão Preto, 1962
Vive e trabalha em São Paulo.
Desde 2004 frequenta o atelier Fidalga, coordenado por Sandra Cinto e Albano Afonso.
Exposições coletivas: 2009, CarpeDiem - Lisboa; Galeria ZOON – Lisboa;Em torno de - Nos limites da Arte - Funarte SP
Henrique de França
São Paulo, 1982
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009, “Desenho Ocupado”, Galeria Leme Project Room, SP.; mostra paralela do “41º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba”/SP.; “8º Salão Nacional de Arte de Jataí”/GO.; “4 Opositores”, The Hub SP
Jérôme Florent
São Paulo, 1980
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Em Obras, passagem literária da consolação, São Paulo, SP;
2009, Entorno de - nos limites da arte - 1ª edição/São Paulo - Ateliê Fidalga, Funarte, São Paulo, SP; Ateliê Fidalga – 55 artistas – São Paulo, Brasil, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal;Photofidalga, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal;34° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo
Julia Kater
Paris, 1980
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010 “10+20”, Galeria Emma Thomas, 2009 “Projeto Tripé, SESC Pompéia, “Em torno de”, FUNARTE-SP, “Atelie Fidalga”, Carlos Carvalho Arte Contemporânea- Zoon, Lisboa, Portugal e “PhotoFidalga”, Espaço Carpe Dien, Lisboa, Portugal
Laura Gorski
São Paulo, 1982
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Coletiva ALUGA-SE, São Paulo, SP.
2009, 37o Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André, SP; Programa Exposições 2009 MARP – Museu de Ribeirão Preto, SP
Lina Wurzmann
São Paulo, 1972
Vive e trabalha em São Paulo.
Em 2009 cursou “Contextualizando a arte contemporânea” sob orientação de Leda Catunda no Collegio das Artes.
Principais exposições: 2009 “Ateliê Fidalga”, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea Zoom, Lisboa, Portugal; “Photo Fidalga” – Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; “entorno de Nos Limites da Arte”, Complexo Cultural Funarte, São Paulo
Pedro Cappeletti
Montevidéo, 1969
Vive e trabalha em São Paulo.
No final de 2007 ingressou no grupo Atelié Fidalga.
2008 cursou o Procedência e Propriedade Criativa, com Charles Watson (professor da Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro).
Principais exposições: 2009Fotofidalfa. Carpedien, Lisboa, Portugal,Exposição Ateliê Fidalga, Galeria Zoom, Lisboa, Portigal,Entorno De Nos Limites Da Arte. Funarte, São Paulo, Brasil
Renata Cruz
Araçatuba, 1964
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, Curitiba, PR;
2009, Em torno de-Nos limites da arte, Funarte, São Paulo, SP; 15 Salão de Pequenos Formatos, Belém, PA; Ateliê Fidalga-Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; Ateliê Fidalga - Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, Portugal
Vivian Kass
São Paulo, 1979
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009, Photofidalga, Carpe Diem, Lisboa;Entorno de: nos limites da arte, FUNARTE SP; 100 a 1000, Escola São Paulo
Dentro de um ambiente rico de produções artísticas diversas – mais de duas mil obras em sua edição de 2010 – o site specific é uma proposta da SP-Arte que aponta para uma dissolução doslimites estáticos das galerias com a própria edificação onde está montada, o Pavilhão Cecillio Matarazzo. Desordenar limites formais. Não deixar o espaço arquitetônico apenas como um depositário passivo das chamadas obras de arte. Ultrapassar o enquadramento de uma tela padrão e incorporar a arquitetura do espaço não só como plataforma, mas também como trabalho estético próprio. Ir além das molduras tradicionais e estender-se além do contorno daquilo que se convencionou delimitar como obra artística. Esta é a proposta que o Ateliê Fidalga aceitou como um desafio estético, junto com artistas participantes de seu espaço e sintonizados com a produção contemporânea de artes plásticas.
Confira quem são os artistas que participarão do Site Specific da SP-Arte/2010:
Ana Niski Zveibil
São Paulo, 1961
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009 Território Ocupado - Fundação de Cultura de MS, Campo Grande, MS; Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba; Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, RS; Fotograma Livre Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, RS; Photo Fidalga- Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; Galeria Carlos Carvalho Arte Comtemporanea Zoom, Lisboa, Portugal; Em Torno De, Complexo Cultural Funarte, São Paulo, SP
Carla Chaim
São Paulo, 1983
Vive e trabalha em São Paulo.
2010, participou da residência artística no ‘The Banff Centre for the Arts’, Canadá, bolsa adquirida com o primeiro lugar no ‘Prêmio Energias na Arte’. Participará este ano também de exposições como: ‘8a. Edição do Programa de Exposições MARP’, Ribeirão Preto e ‘Fidalga no Paço’, Paço das Artes, SP.
Principais exposições: 2009, ‘Prêmio Energias da Arte’, Instituto Tomie Ohtake, SP, ‘Desenho Ocupado’, Galeria Leme, SP, ‘Ateliê Fidalga: 55 artistas’, Galeria Carlos Carvalho Zoon, Lisboa, Portugal, ‘EntreTempos’, Carpe Diem, Lisboa, Portugal, ‘Papermind’, Galeria Vermelho, SP, ‘Sessão Corredor’, Atelier 397, SP
Carlos Nunes
São Paulo,1969
Vive e trabalha em São Paulo.
É formado em Artes Plásticas pela FAAP. Estudou na Sant Martin School of Arts em Londres
Principais exposicões: 2009 MAC Curitiba,(individual),Entre Tempos - Carpe diem ,Lisboa ,Em torno de - Funarte ,São PauloAteliê Fidalga - Galeria Carlos Carvalho / Lisboa, Portugal
Deolinda Aguiar
Ribeirão Preto, 1962
Vive e trabalha em São Paulo.
Desde 2004 frequenta o atelier Fidalga, coordenado por Sandra Cinto e Albano Afonso.
Exposições coletivas: 2009, CarpeDiem - Lisboa; Galeria ZOON – Lisboa;Em torno de - Nos limites da Arte - Funarte SP
Henrique de França
São Paulo, 1982
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009, “Desenho Ocupado”, Galeria Leme Project Room, SP.; mostra paralela do “41º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba”/SP.; “8º Salão Nacional de Arte de Jataí”/GO.; “4 Opositores”, The Hub SP
Jérôme Florent
São Paulo, 1980
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Em Obras, passagem literária da consolação, São Paulo, SP;
2009, Entorno de - nos limites da arte - 1ª edição/São Paulo - Ateliê Fidalga, Funarte, São Paulo, SP; Ateliê Fidalga – 55 artistas – São Paulo, Brasil, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal;Photofidalga, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal;34° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo
Julia Kater
Paris, 1980
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010 “10+20”, Galeria Emma Thomas, 2009 “Projeto Tripé, SESC Pompéia, “Em torno de”, FUNARTE-SP, “Atelie Fidalga”, Carlos Carvalho Arte Contemporânea- Zoon, Lisboa, Portugal e “PhotoFidalga”, Espaço Carpe Dien, Lisboa, Portugal
Laura Gorski
São Paulo, 1982
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Coletiva ALUGA-SE, São Paulo, SP.
2009, 37o Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André, SP; Programa Exposições 2009 MARP – Museu de Ribeirão Preto, SP
Lina Wurzmann
São Paulo, 1972
Vive e trabalha em São Paulo.
Em 2009 cursou “Contextualizando a arte contemporânea” sob orientação de Leda Catunda no Collegio das Artes.
Principais exposições: 2009 “Ateliê Fidalga”, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea Zoom, Lisboa, Portugal; “Photo Fidalga” – Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; “entorno de Nos Limites da Arte”, Complexo Cultural Funarte, São Paulo
Pedro Cappeletti
Montevidéo, 1969
Vive e trabalha em São Paulo.
No final de 2007 ingressou no grupo Atelié Fidalga.
2008 cursou o Procedência e Propriedade Criativa, com Charles Watson (professor da Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro).
Principais exposições: 2009Fotofidalfa. Carpedien, Lisboa, Portugal,Exposição Ateliê Fidalga, Galeria Zoom, Lisboa, Portigal,Entorno De Nos Limites Da Arte. Funarte, São Paulo, Brasil
Renata Cruz
Araçatuba, 1964
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2010, Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, Curitiba, PR;
2009, Em torno de-Nos limites da arte, Funarte, São Paulo, SP; 15 Salão de Pequenos Formatos, Belém, PA; Ateliê Fidalga-Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal; Ateliê Fidalga - Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, Portugal
Vivian Kass
São Paulo, 1979
Vive e trabalha em São Paulo.
Principais exposições: 2009, Photofidalga, Carpe Diem, Lisboa;Entorno de: nos limites da arte, FUNARTE SP; 100 a 1000, Escola São Paulo
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