domingo, 17 de maio de 2009

Arte de comprar

JOVENS COLECIONADORES AQUECEM O MERCADO DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM SÃO PAULO NA COMPRA DE OBRAS QUE VÃO DE R$ 500 A R$ 40 MIL













Movimentação no primeiro dia da SP-Arte, no Pavilhão da Bienal


Leticia de Castro

O publicitário German Carmona, 33, não faz questão de ostentar um carrão do ano nem de frequentar lugares da moda. Mas, sempre que seu orçamento permite, compra obras de arte. Há cinco anos, ele acompanha a produção de artistas ligados à temática urbana e já reuniu 40 peças, espalhadas em seu apartamento, na casa de praia e na residência dos pais.

São gravuras, telas e fotografias, a maioria de artistas também jovens, em início de carreira. "Meu prazer é comprar antes de eles estourarem. Acho legal ajudar no começo e ver como eles amadurecem", diz German.

Como ele, o advogado Wilson Pinheiro Jabur está especialmente interessado em novos talentos. "Gosto de investir em pessoas da minha geração." Ele começou a colecionar aos 25 anos e, hoje, aos 33, acumula 80 obras.

German e Wilson fazem parte de um grupo que vem engrossando o caldo do mercado de arte paulistano, impulsionado nos últimos anos pela euforia dos mercados financeiros.

"Existe uma nova geração de colecionadores que não está preocupada só com a decoração da casa, e sim em desenvolver um olhar sobre a produção artística atual, em participar de seu tempo", observa a galerista Luisa Strina, que atua há 35 anos.

A feira SP-Arte -que termina hoje, no Pavilhão da Bienal- também contribui para o crescimento desse nicho de consumidores. Em sua quinta edição, conseguiu dobrar o número de galerias participantes em relação ao primeiro ano (de 40 para 80).


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