Site Bem Paraná analisa situação do mercado de artes no Brasil. E analisa papel da SP-Arte.
As notícias estão vindo de todos os lados. Ora é uma pintora paulista que vendeu muitas obras em feira européia de arte, ora é outro artista brasileiro até então reconhecido pelo seu pouco interesse em comerciar que paradoxalmente passou a vender tudo que sai de seu atelier, ou até mesmo notícias vindas do exterior a respeito de artistas brasileiros que ao término de suas vernissages se deram conta que não havia mais trabalhos para serem comercializados devido a grande procura pelas suas obras.
Na sala de espera do dentista abro uma revista odontológica e lá está mais uma comprovação do sucesso de nossos artistas: o artigo descreve a grande quantidade de obras brasileiras que estão sendo comercializadas no exterior. Adjetivos não faltam para descrever a arte brasileira da atualidade; saltam qualificativos e termos como jovem, viçosa, interessante, cativante, compatível com nossos dias. O que surpreende é a aceitação internacional irrestrita que as pinturas, gravuras, esculturas ou trabalhos em outro tipo qualquer de mídia elaborados por nossos artistas estão levando o público estrangeiro a comprá-las.
Numa rápida análise se percebe que há uma grande distância entre a apreciação pura e simples de uma obra de arte e o ato efetivo de uma compra. Existe uma grande diferença entre a fruição de um trabalho artístico em galerias e museus – no que é um verdadeiro prazer descompromissado – e uma compra que traz embutido o comprometimento de abrigar uma obra de arte pelo resto da vida. É evidente que o trabalho artístico comprado se mantém sob nossa responsabilidade e, além da posse conquistada através do investimento, também nos propicia o desfrutar incondicional e temporalmente da obra que passa a existir a nosso inteiro dispor. Também é voz corrente que uma obra de arte pode ser vendida a qualquer hora, porém isso acontece em termos, pois nem sempre o desejo do proprietário coincide com o do comprador. Muitas vezes não se consegue vender quando é imperativa a venda ou então há muitas ofertas de compra quando não se pretende vender. Entretanto, parece estar havendo um “boom” na procura de trabalhos artísticos de qualidade, o que vem aumentando a possibilidade do artista ou sua galeria realizar efetivamente as vendas de obras de arte. No início deste mês, teve lugar mais uma edição da “SP Arte” que, como o nome diz, é uma feira de artes visuais que acontece na cidade de São Paulo, na verdade, ela tem lugar no pavilhão da Bienal.no Parque Ibirapuera. E lá também aconteceu uma intensa procura de obras de arte, principalmente as dos jovens artistas que já têm seus nomes divulgados pela imprensa.
A disputa pelos trabalhos foi muito intensa, a tal ponto que alguns galeristas entraram no evento com metade dos trabalhos artísticos já vendidos, levando o estande de vendas ao mesmo nível de uma exposição de museu, isto é, trabalhos para olhar sem a possibilidade de compra. As declarações surpresas dos proprietários das galerias ao público – sem muita perspectiva de comprar o que desejava dada a inexistência de maior número de trabalhos disponíveis – incluíam a busca frenética de mais obras dos artistas rapidamente localizadas nos ateliers, além daquelas que estavam nas casas dos próprios artistas e nas dos seus conhecidos. Segundo a “Folha de São Paulo” de 1º de maio deste ano, foram vendidos no evento cerca de R$15 milhões em arte, o que é um excelente resultado que espelha a situação da arte jovem no Brasil. Esperamos que esta valorização e alta repentina na procura de arte se multiplique por todo o país, chegando a Curitiba, uma vez que aqui estão muitos talentos jovens.
Em seu papel de entidade que trabalha no fomento das artes e da cultura, a Fundação Cultural de Curitiba informa que estão abertas as inscrições para projetos relativos aos editais de “Pesquisa e Difusão – Encontros de Patrimônio Cultural” e da “Bolsa Produção para Artes”. O primeiro dispõe apoio financeiro totalizando R$ 45 mil, para a produção de pesquisas que divulguem o patrimônio cultural da cidade, sendo R$20 mil destinados aos projetos contemplados e R$25 mil para atividades concernentes ao Fundo Municipal de Cultura. A “Bolsa Produção para Artes” viabilizou um total de R$ 427 mil para três categorias definidas como artista iniciante, artista experiente e artista experiente em parceria com artista de qualquer outro estado brasileiro. Informações no site: http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/ acessando “Lei de Incentivo”.
Fonte: site Bem Paraná
terça-feira, 25 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário