Inspirada na feira Art Basel, na Suíça, a SP-Arte se orgulha do título de uma das mais importantes da América Latina e emplaca mais uma edição e um antigo sonho é materializado, a valorização da arte nacional.
O Pavilhão do Ibirapuera, zona sul da cidade, abriga obras de 80 galerias de Portugal, França, Espanha, Uruguai, Argentina, Colômbia e do Brasil. A feira ocorre anualmente com as mais importantes galerias nacionais e algumas internacionais que ocupam mais de 7 mil metros quadrados, praticamente o dobro do espaço ocupado na primeira edição, em 2005. A SP-Arte atua como uma grande vitrine tanto para artistas consagrados quanto para novatos. Também são muitos os convidados e potenciais compradores como curadores de coleções particulares e museus exemplo Tate Modern (Inglaterra), Malmö Konsthall ), Museo de Arte de Lima - MALI (Peru) (Suécia), Museo Universitario Arte Contemporáneo - MUAC (Méxicoe Museo de Arte Conteporáneo de Castilla y León - MUSAC (Espanha). A escolha entre os museus convidados não poderia ser mais acertada, haja vista que, são bons compradores nas feiras em que são convocados. Inspirada nas feiras Basel, na Suíça, Frieze - Inglaterra, Arco, na Espanha e Fiac, na França, tornou-se o maior encontro das artes plásticas na América Latina. É uma oportunidade para uma rica experiência com a arte contemporânea e com a boa qualidade das obras de artistas renomados e jovens talentos. A SP-Arte trouxe para a cidade de São Paulo a atmosfera estimulante destes grandes eventos, e se estabeleceu no calendário nacional e internacional como um dos mais prestigiados eventos de arte na América Latina, lado a lado com feiras como MACO, no México e ArteBa, na Argentina.
Investidor
Em sua sexta edição a feira apresentou 1.400 artistas e 2.500 obras em todos os suportes chegando ao pós grafite. Mediante a variedade de estilos uma pergunta que não quer calar é: Como se tornar um investidor de arte ou em quem apostar?. É praticamente impossível responder essas questões. Tudo funciona mais ou menos no chute. Porém, para aqueles que pretendem investir, o conselho dos colecionadores é que se busque uma galeria tradicional; isso é um bom referencial. Para se ter ideia das dificuldades em se botar valor em uma obra de arte, a renomada casa de leilão, a inglesa Sotheby's compartilhou informações sobre como se estabelece os valores e como ele comporta-se em tempos de crise. A palestra foi abrangente e versou também sobre os mercados de arte contemporânea, latino americano e de design. Portanto, é bom prestar atenção em jovens pintores como Mariana Palma e Eduardo Berliner, Rodolpho e Rodrigo Bivar, Gabriel Nehemy, Hugo Houayek, Bruno Vieira e Maria Luciene da Silva que tiveram boa saída. Já o não tão jovem, o músico dos mutantes Arnaldo Batista, com sua arte com temática “exótico-musical” foi mais admirado do que ‘consumido’.
Vendas
Tudo indica que o recorde de vendas será batido pois somente na noite de abertura,29/4, as principais galerias de São Paulo venderam parte expressiva, 80% de seus estandes. Apesar de não haver quase renovação na lista dos artistas mais vendidos, foram arrematadas obras de Adriana Varejão, Flávio de Carvalho, Tunga, Waltércio Caldas, Leda Catunda, Carlos Cruz-Diez e Julio Le Parc. Uma das vendas mais expressivas da noite foi a peça de Adriana Varejão que alcançou R$ 700 mil. A obra mais cara entre os artistas brasileiros é a escultura Tamba-Tajá, de Maria Martins, que está avaliada em R$ 1,5 milhão. Entretanto, avaliação não é venda é apenas uma pretensão do proprietário da obra. O título de obra de maior valor em exposição fica para a tela de Joaquín Torres-García, 'Puerto Metafísico' - artista construtivo uruguaio -, avaliada em US$ 3,5 milhões.
Entre vendas institucionais, o Museu de Arte Moderna da Bahia ‘arrematou’ belas obras para seu acervo entre elas uma tela de Rodolpho Parigi e fotografias de Beatriz Franco e Claudia Andujar. Já a Pinacoteca do Estado de São Paulo trocou as tradicionais telas a óleo por algo da moda, as instalações. A obra em pauta é de autoria de Gustavo Rezende. Já o Museu de Arte Moderna de São Paulo levou para seu acervo uma obra de Felipe Cohen. O balanço-geral é positivo tanto financeiro quanto em qualidade. Os organizadores do evento esperam atingir nesse ano um volume de vendas de 15 milhões de dólares contra os estimados 12 milhões de dólares de 2009.
Balanço-geral
Se levássemos em consideração o espaço ocupado e o número de galerias na SP-Arte do ano passado em relação a deste ano, falando financeiramente, as cifras são quase idênticas pois em 2010 o espaço físico praticamente duplicou. Entretanto, o pós-feira revela um expressivo crescimento não só em vendas em relação ao ano passado, haja vista que, aproximadamente 16 mil pessoas visitaram os estandes das 80 galerias no Pavilhão da Bienal. Esses dados revelam que a SP-Arte acertou a mão na organização ao conseguir reunir nomes relevantes das artes plásticas do exterior e do Brasil. Outro fator importante também é que o mercado de arte no País parece estar mais maduro reconhecendo, valorizando os artistas e suas produções. É a materialização de um sonho antigo. Até os debates organizados foram bem concorridos atraiu público muito interessado nas informações da programação cultural.
Diversas obras foram doadas – um valor estimado em R$ 200 mil -, as doações buscaram privilegiar artistas emergentes. Colecionadores e curadores deram suas contribuições com pesquisas sobre novos valores. Um conhecido shopping da zona sul da cidade doou um conjunto de sete obras para duas importantes instituições brasileiras. O Museu de Arte Moderna da Bahia foi agraciado com quatro obras, o mesmo número de obras foram doadas para Pinacoteca do Estado de São Paulo. Já Cleusa Garfinkel fez doação de quatro obras ao MAM - São Paulo, que foram escolhidas pela curadoria do próprio museu. Houve um grande interesse, especialmente da imprensa impressa e online em acompanhar desde os preparativos ao encerramento da feira. Segundo informação do site da SP-Arte, ao menos 400 matérias foram publicadas entre reportagens mais densas, notas sobre a edição ou entrevista. Em resumo, O Pavilhão da Bienal materializou, tanto as expectativas dos organizadores da feira quanto dos artistas. Foram cinco dias de um grande encontro de artes plásticas da América Latina.
O entusiasmo é tanto que as datas das próximas feiras encontram-se disponibilizadas são elas: SP-Arte: 2011/ 12 - 15 maio /2012 10 a 13/05, / 2013: 08 a 12 maio / 2014 - 07 - 11 e em 2015 - 06 a 10 maio
Do site Formas e Meios
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