sábado, 1 de maio de 2010

A arte que também é investimento. No G1

Obra de arte pode ser um bom investimento, mas não basta dinheiro para aplicar nesse mercado. O Jornal da Globo visitou a SP-Arte, a maior feira do país, para descobrir como fazer um bom negócio.

Alan Severiano

O consagrado Portinari vizinho dos badalados gêmeos. Duas faces de um mercado em ebulição e de muito bom humor. O Brasil está na moda também no mundo das artes plásticas. "Há um interesse forte pela arte brasileira hoje no mercado internacional", diz a vice-presidente da casa de leilão britânica Sotheby's.

A feira reúne 2.500 obras e a expectativa é que 15 mil pessoas gastem R$ 25 milhões no Brasil, para muita gente um investimento.

"Às vezes no mercado de capitais você ganha dinheiro mais rápido, seis meses, um ano, você ganha. Mas no mercado de arte você não só dobra, você pode multiplicar por dez, 100 vezes o valor da obra adquirida", afirma a diretora da feira, Fernanda Feitosa.

Para os colecionadores tradicionais, uma feira como essa é trivial. Produtos pendurados nas paredes, cada um com um preço. Basta pagar e levar. Já para quem pensa em comprar a primeira obra de arte, a experiência não é tão simples.

A jornalista, Jéssica Castelli e o marido são estreantes. "A principal dificuldade é saber o que é arte e o que não é". Dependendo da obra, uma dúvida pertinente.

Para quem não pode gastar muito um caminho natural são artistas mais jovem. O foco de uma galeria, com obras a partir de R$ 300,00. "O fundamental é isso, você ter uma pessoa que te oriente e comprar coisas que você gosta", explica a galerista, Cecília Isnar.

Se o objetivo é fazer negócio, uma dica é garimpar o que é diferente. "Difícil é ver o que está na frente. A grande compra é quando você ainda compra ele baixo, você não compra quando ele está no top dele", afirma o colecionador, Daniel Rangel.

Com olhar apurado de fotógrafa, Débora Engel investe em outros artistas. "Trabalhos que comprei por R$ 350,00 e valem hoje R$ 8 mil no mercado". De malas prontas para a primeira exposição internacional, aposta na valorização do próprio trabalho. "Eu espero que o passe suba", conclui.

Fonte: G1

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