Leonor Amarante
Há tempos que a Bienal de São Paulo não consegue, na noite de sua inauguração, reunir nomes pesos pesados do circuito. A SP-Arte/Feira Internacional de Arte de São Paulo, ao contrário, em clima festivo, contou com a presença de vários deles, como Antonio Dias, Tunga, Ana Tavares, e legitimou a importância dos artistas no mercado. Afinal, arte é, acima de tudo, a interação dos indivíduos com a arte. Mesmo sem entrar no mérito quanto ao papel da feira no circuito cultural, há de se refletir até que ponto o evento pode interferir no caráter geral da arte.
Alguns artistas ainda se sentem constrangidos em participar. Concordam em vender em galerias, mas quando se trata de feiras se sentem mercenários. Para eles, Fernanda Feitosa, idealizadora da SP-Arte, manda um recado: "Profissional tem que saber vender". Com posição firme, defende que a SP-Arte é um instrumento para escoar a produção artística. "Trata-se de uma feira de negócios que atrai em média 15 mil pessoas, sendo que dez por cento são compradoras em potencial. Não se pode esquecer que para frequentar é necessário gostar de Bienal, de museus, de galerias. Não vejo por que se constranger."
Publicado em 10/06/2009
Fonte: revista Brasileiros
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