quarta-feira, 23 de abril de 2008

Uma entrevista com Fernanda Feitosa, a diretora da principal feira de arte do Brasil













A quarta edição da SP Arte - Feira Internacional de Arte de São Paulo - será aberta, para convidados, nesta quarta-feira (23.07), no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. "Está tudo pronto", contou Fernanda Feitosa, diretora da feira, num papo com RG. "Nesta edição esperamos cerca de 11 mil pessoas. Mas nosso foco não é aumentar números, é realmente inserir cada vez mais pessoas no mercado de arte, inserir o Brasil no circuito internacional e atrair mais colecionadores", defende.

O objetivo, até aqui, tem sido alcançado. "A cada ano crescemos mais. Além dos colecionadores paulistas (grande parte do público da feira), há também um movimento de colecionadores do interior de São Paulo, muitos cariocas, mineiros. E 6% de público internacional", enumera Fernanda. A SP Arte, aliás, acontece entre 24 e 27 de Abril, praticamente o mesmo período (23 a 27 de Abril) de outra importante feira latino-americana, a MACO, no México. Ruim? "Não é ideal, tentamos conversar sobre datas mas elas acabaram coincidindo por uma questão de locação de espaços. Pior aconteceu com a Arte BA, que coincidiu com a Art Basel (a feira de arte mais importante do mundo, com datas em Miami e na Suíça), que acontece em junho", contou Fernanda.

A SP Arte é uma importante vitrine para as galerias de arte brasileiras, mas também atrai galerias de outros países. "Temos 2 do Chile, 2 da Argentina, 1 do Uruguai, 1 da França (uma parceria com o galerista Edu Fernandes) e 1 de Portugal. "Para essas galerias, é interessante vir para cá para abrir mercado para artistas deles, desenvolver um intercâmbio cultural entre exposições e descobrir uns bons artistas daqui para representarem lá fora", explica a diretora.

A arte brasileira tem expressão no cenário internacional, mas os preços ainda não são altos. "O mercado vem trabalhando positivamente há 4 anos, há uma expectativa de que os preços da arte brasileira se valorizem. Há uma curiosidade informada sobre a arte que se faz aqui. Já passamos da fase do exotismo", comenta Fernanda. Ela cita artistas brasileiros que estão em grandes coleções, como Beatriz Milhazes, Tunga, Waltércio Caldas. Será que somos a próxima bola da vez, depois de chineses - e, recentemente, orientais mais exóticos, como os artistas da Indonésia? A SP Arte está estimulando o movimento, agora é esperar pra ver...

RG vai hoje à abertura da feira e te mostra tudo logo mais, fique de olho...

Publicado em 23/04/08

Fonte: Vogue

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