Paula Alzugaray
Atualmente, três artistas brasileiras expõem na galeria da Cité Internationale des Arts, em Paris. Por trás da exposição coletiva que reúne Silvia Mecozzi, Amália Giacomini e Iracema Barbosa, há duas jovens galeristas francesas. Camille de Bayser e Rose Bürki representam nove artistas franceses e oito brasileiros em sua Galerie Sycomore Art, em Paris. Com o objetivo de estreitar as relações entre a França e o Brasil, elas participam pelo terceiro ano consecutivo da SP Arte - Feira Internacional de Arte de São Paulo, que realiza sua quinta edição entre 14 e 17 de maio, no Pavilhão do Ibirapuera, com a participação de 80 galerias, dez delas estrangeiras.
A SP Arte tem dado resultados positivos?
Rose - A SP Arte é um encontro anual muito importante para nós, tanto quanto essas feiras jovens parisienses, Diva e Slick. Para nós, essas feiras são uma estratégia para criar uma visibilidade da galeria, tanto em Paris quanto em São Paulo.
Como começou o interesse pela arte brasileira?
Camille - Desde a abertura da galeria, em 2004, tínhamos a ideia de fazer um elo com o Brasil. No ínicio, tínhamos duas bases: em Paris e em São Paulo, onde morei durante dois anos. Começamos a trabalhar a distância, pesquisando artistas e procurando parceiros. Encontramos a Raquel Arnauld, que começou uma colaboração conosco, nos confiando seus artistas mais jovens. Assim, as coisas se encadearam e começamos a organizar exposições individuais e coletivas de artistas franceses e brasileiros.
Como é o interesse do colecionador brasileiro por arte francesa e vice-versa?
Camille - É um trabalho demorado. Na realidade, existem hoje apenas quatro ou cinco artistas conhecidos tanto lá quanto cá. Nosso objetivo é apresentar os novos, os desconhecidos. Mas o fato é que, na França, o reconhecimento de um artista depende de sua passagem por instituições. Por isso, é preciso estabelecer um elo com as instituições para que os artistas alcancem maior visibilidade. E esse é um trabalho lento. Começamos, por exemplo, apresentando três artistas francesas no Centro Cultural São Paulo, em 2006, e hoje mostramos três brasileiras na Cité des Arts, em Paris.
Publicado em 9/12/09
Fonte: Istoé
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Dois mecanismos
Camila Molina
DOAÇÃO: Obras doadas por artistas ou por terceiros têm sido o principal mecanismo de entrada de peças nos acervos dos museus, já que não há verbas específicas nas instituições para compra de obras. Mesmo assim, como diz Teixeira Coelho, as doações "existem a conta-gotas", grande parte delas, de obras sobre papel, que têm preços reduzidos. Para colecionadores, um entrave criado são os impostos cobrados pela Receita Federal.
LEI ROUANET: O uso de patrocínio por meio da lei de incentivo ainda é pouco utilizado pelas instituições, dado, entre um dos motivos, pelas exigências do Ministério da Cultura para a aprovação dos projetos de aquisição. "Nem sempre as instituições têm claro o que querem", diz José do Nascimento Júnior, do Ibram. O MAC, por exemplo, teve seus projetos recusados, mas o MAM e a Pinacoteca vêm tendo uma entrada razoável de obras em suas coleções por meio de patrocínio de empresas - o caso de maior vulto ocorreu no ano passado, quando as duas instituições receberam R$ 2 milhões do banco Credit Suisse para compra de obras. Parcerias de instituições com as feiras SP Arte e Pinta/NY têm sido também fonte. C.M.
Publicado em 3/12/09
Fonte: O Estadao de S.Paulo
DOAÇÃO: Obras doadas por artistas ou por terceiros têm sido o principal mecanismo de entrada de peças nos acervos dos museus, já que não há verbas específicas nas instituições para compra de obras. Mesmo assim, como diz Teixeira Coelho, as doações "existem a conta-gotas", grande parte delas, de obras sobre papel, que têm preços reduzidos. Para colecionadores, um entrave criado são os impostos cobrados pela Receita Federal.
LEI ROUANET: O uso de patrocínio por meio da lei de incentivo ainda é pouco utilizado pelas instituições, dado, entre um dos motivos, pelas exigências do Ministério da Cultura para a aprovação dos projetos de aquisição. "Nem sempre as instituições têm claro o que querem", diz José do Nascimento Júnior, do Ibram. O MAC, por exemplo, teve seus projetos recusados, mas o MAM e a Pinacoteca vêm tendo uma entrada razoável de obras em suas coleções por meio de patrocínio de empresas - o caso de maior vulto ocorreu no ano passado, quando as duas instituições receberam R$ 2 milhões do banco Credit Suisse para compra de obras. Parcerias de instituições com as feiras SP Arte e Pinta/NY têm sido também fonte. C.M.
Publicado em 3/12/09
Fonte: O Estadao de S.Paulo
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